A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na sexta-feira sua última previsão para a safra 2007/08 de café. A produção foi estimada em 33,7 milhões de sacas, 3,4% acima do último relatório. Desse total, 23,5 milhões serão do tipo arábica e 10,3 milhões de grão robusta. Em relação à safra 2006/07, a colheita será 20,6% menor, por conta da bianulidade da cultura (menor produtividade a cada dois anos).
A área plantada com o grão ficou em 2,3 milhões de hectares, dos quais 91,5% são de árvores em produção e 8,5% de árvores em formação. A colheita foi encerrada em todos os Estados produtores do país.
Nos mercados doméstico e internacional, a nova revisão da SAFRA não teve reflexos. A saca de 60 quilos fechou cotada a R$ 262,10, com alta de 0,39%, segundo o índice Cepea/Esalq na sexta-feira. No mercado internacional, houve apenas com ligeira alta.
Em Nova York, os contratos para março fecharam a US$ 1,3395 a libra-peso, com alta de 55 pontos. Em Londres, os contratos para março fecharam a US$ 1.860 a tonelada, recuo de US$ 15.
“O mercado já esperava um pequeno reajuste para cima [na SAFRA], uma vez que as exportações continuam aquecidas”, afirmou Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP).
As estimativas da Conab para a safra 2008/09 serão divulgadas no dia 8 de janeiro junto com o IBGE. O governo decidiu unificar as previsões. No mercado, a expectativa é de que a safra brasileira de café fique próxima de 50 milhões de sacas. Se confirmadas, será um recorde, superando a marca de 48 milhões de sacas de 2002.
Valor Econômico