Cerca de 30 deputados estaduais prestigiaram audiência pública realizada na terça-feira, 11, na Assembléia Legislativa da Bahia para discutir a situação geral da lavoura cacaueira e combater suposto projeto de extinção da Ceplac. “O resultado surpreendeu positivamente, tanto pelo nível dos discursos, quanto pelo número de participantes. Isso é muito bom porque revela o comprometimento dos mais variados segmentos organizados do Sul da Bahia para com os problemas do cacau”, atesta o deputado Capitão Fábio (PMDB), um dos promotores da audiência.
Convocada conjuntamente pela Comissão de Agricultura e a Sub-Comissão do Plano de Revitalização da Lavoura Cacaueira da Assembléia Legislativa, a audiência contou com a participação de 32 deputados, do presidente da Associação dos Municípios do Sul, Sudoeste e Extremo-Sul (Amurc), prefeito Orlando Filho, do superintendente regional da Ceplac para Bahia, Geraldo Landim, produtores de cacau, funcionários da Ceplac, sindicalistas e representantes de setores diretamente ligados à cacauicultura baiana. Todos defenderam a imediata revitalização da Ceplac e a liberação de novos recursos para lavoura cacaueira que enfrenta uma das piores crises da sua história.
DEFESA DA CEPLAC
“Nós, deputados, e os demais participantes da audiência manifestamos a nossa posição contrária à extinção desse importante órgão de pesquisa e de apoio à cacauicultura. Ao longo dos seus 50 anos, a Ceplac tem dado uma extraordinária contribuição ao desenvolvimento sócio-econômico da Região Cacaueira, fazendo, inclusive, o papel do Estado, construindo estradas vicinais, escolas etc.”, lembrou o deputado Capitão Fábio.
Foi Capitão Fábio quem sugeriu à AL a realização do encontro para discutir as questões do cacau e a situação da Ceplac. Em seu pronunciamento, ele não só defendeu a Ceplac e a cacauicultura, como também criticou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, seu companheiro de partido. apontado como o principal defensor da extinção do órgão da lavoura cacaueira. Outros parlamentares deram apoio como Heraldo Rocha, Luiz Augusto, João Bonfim, Neuza Cadore e José Nunes.
“A Ceplac foi construída com o dinheiro do produtor de cacau e não podemos permitir que o ministro, por uma decisão puramente pessoal, acabe com a Ceplac, transferindo suas principais atribuições para outros órgãos, aos quais a Ceplac não deixa nada a desejar”, criticou Capitão Fábio. O deputado informa que ele e o presidente da Comissão de Agricultura da AL, Luiz Augusto (PP), vão trabalhar agora para marcar audiência com o ministro Stephanes com quem pretendem discutir de forma clara e aberta a questão da Ceplac e os problemas da lavoura cacaueira.
Assessoria de Comunicação da Ceplac
