Em 20 anos, a floresta amazônica poderá atingir pontos críticos de emissão de gases de efeito estufa. O prognóstico considera a transformação da floresta em savana (vegetação composta por árvores esparsas, arbustos e gramíneas), que seria acelerada pela combinação de secas, queimadas e mudanças climáticas.
O especialista Daniel Nepstad, que há 23 anos realiza pesquisas na Região Amazônica, apresentou ontem o diagnóstico do Centro Woods Hole de Pesquisa, durante a 13ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-13), na Indonésia. O estudo “Os ciclos viciosos da Amazônia” aponta que o atual cenário de desmatamento, aliado ao aumento da pressão pela exploração agrícola da floresta e a eventos climáticos extremos podem levar à destruição de 60% da vegetação da Amazônia até 2030 – resultando em cerca de 15 bilhões a 25 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa.
Correio do Povo – RS