O mercado de milho passa por período de preços mais altos em função da oferta mais curta.
Conforme os analistas de Safras & Mercado, Paulo Molinari e Eduardo Sarmento, os negócios foram calmos, ocorrendo em maior volume em São Paulo e Paraná. A produção mundial de milho na temporada 2006/07 deve ficar em 765,7 milhões de toneladas, de acordo com estimativas divulgadas na quinta-feira passada pelo Conselho Internacional de Grãos (CIG), sediado em Londres.
No relatório anterior, divulgado em 27 de setembro, o CIG apontava uma produção mundial de 765,5 milhões de toneladas. Os números do CIG estão acima da produção estimada para a temporada 2005/06, de 696,1 milhões de toneladas. A América do Norte permanece como a principal região produtora, com 375,2 milhões de toneladas, com destaque para os Estados Unidos (338 milhões de toneladas e México (23,2 milhões de toneladas).
Para o CIG, a segunda maior região produtora de milho no mundo é o Extremo Oriente da Ásia, com 187,0 milhões de toneladas. A China deve colher 143 milhões de toneladas, seguido pela Índia (15,5 milhões de toneladas) e Indonésia (7 milhões de toneladas).
A Europa deve colher 54,9 milhões de t de milho, tendo a França como maior país produtor, com 13,1 milhões de toneladas, seguida pela Itália (8,6 milhões de toneladas e Romênia (4 milhões de toneladas.
Brasil – A produção da América do Sul está estimada em 82,9 milhões de toneladas liderada pelo Brasil, com 50 milhões de toneladas, seguida da Argentina, com 24 milhões de toneldas.
A África deve colher 47,5 milhões de toneldas de milho em 2006/07, de acordo com o CIG. A África do Sul deve produzir 10 milhões de toneldas, a Nigéria 9 milhões de toneladas e o Egito 6 milhões de toneladas. A Oceania deve produzir 500 mil toneldas de milho em 2007, com destaque para a Austrália (400 mil toneladas).
Na quinta-feria,no Oeste do Paraná, preços a R$ 23,80/24,50. No Rio Grande do Sul, preços estáveis, a R$ 25/26,30. Em São Paulo, preços a R$ 26,80/28,00. Em Campinas, o mercado esteve em R$ 29/30,00 a saca (CIF). No Mato Grosso, cotações estáveis, a R$ 18/19,00. Goiás fechou estável, em R$ 21/22,00. Em Minas Gerais, preços iguais, em R$ 24/25,00 .
O Indicador Esalq/BM&F (região de Campinas) do milho fechou a R$ 27,33 a saca de 60 kg na segunda-feira, dia 22, alta de 2,4% sobre a segunda anterior. Com o aumento de 0,4% entre a última sexta e a segunda-feira passada, a variação mensal do indicador passou a ser positiva. O suporte vem da demanda mais aquecida de tradings.
Diário do Comércio