Café: estiagem faz preço externo subir

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O clima seco nas regiões produtoras brasileiras tem sustentado a alta dos contratos futuros de café na New York Board of Trade (ICE Futures). Na segunda-feira, o contrato com vencimento em dezembro marcou o nível mais alto dos últimos nove meses e meio.


 


A falta de chuva atrasa a florada nos cafezais e pode comprometer a produção do ano que vem. No Triângulo Mineiro, a irrigação foi interrompida. O gerente de Comercialização da Cooperativa Agrícola de Monte Carmelo (Copermonte), Érico Suzuki, informa que os motores de irrigação foram lacrados por autoridades, para impedir que rios sequem.


 


Em Monte Carmelo e nas principais áreas produtoras do País, houve apenas chuvas isoladas, sem condições de eliminar o déficit hídrico acumulado. Segundo Suzuki, as lavouras estão preparadas para florescer, mas falta água. “Sem chuvas, os cafezais não vão florescer e perdem folhas.”


 


A especulação sobre o clima no Brasil tem provocado alta volatilidade nos contratos futuros em Nova York. A oscilação é resultado da dificuldade de estimar com precisão quando as chuvas chegarão, já que as próprias agências de meteorologia são cautelosas em suas previsões.


 


CÂMBIO


 


O câmbio tem sido outro fator de sustentação dos preços, pois o dólar desvalorizado em relação a outras moedas atrai investidores para o mercado de commodities, diz o vice-presidente de Vendas da corretora Fimat Futures, Rodrigo Costa.


 


Conforme o Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé), de outubro de 2006 a setembro deste ano, o Brasil exportou 28,7 milhões de sacas, volume 13% maior do que o embarcado nos 12 meses anteriores. A receita cambial, de US$ 3,77 bilhões, representa crescimento de 25,4% em relação ao período anterior.


 


 


O Estado de São Paulo 

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