Comissão Nacional do Café da CNA debate principais demandas da cafeicultura brasileira

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Representantes da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniram, na última semana, para debater as principais demandas do setor. Política agrícola, custos de produção, créditos financeiros e endividamento foram os temas destacados durante o encontro. Este ano, de acordo com o presidente da Comissão, Breno de Mesquita, os esforços visam duas metas principais: buscar alternativas para registro de defensivos agrícolas para o café, com o objetivo de maior eficiência na defesa contra pragas, e elaborar proposta de estudo para mensurar o valor total da dívida dos cafeicultores e a capacidade de pagamento.

Durante o encontro, o presidente da Comissão informou que a CNA, em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), está levantando os custos de produção da atividade cafeeira em 13 regiões produtoras, por meio do Projeto Campo Futuro. O levantamento de dados será finalizado em meados de abril. “Esses dados vão permitir melhor elaboração de políticas públicas para atender toda a cafeicultura brasileira”, disse Breno.

Funcafé – Na última semana, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) referente ao ano 2016, no valor de R$ 4,6 bilhões, aumento de 12% em relação a 2015. Desse total, R$ 1 bilhão será destinado à aquisição de café e R$ 1,7 bilhão para operações de estocagem, linhas de financiamento que aumentaram, respectivamente, 33,3% e 16,3%. O presidente da Comissão comenta que a possível antecipação da liberação dos recursos para maio é extremamente positiva para o setor. “Ano passado o Funcafé foi liberado em agosto e isso prejudicou muitos cafeicultores. Com os recursos chegando na hora certa, maiores são as chances de ganhos na produção e qualidade do café brasileiro”, afirmou Breno.

Os membros da Comissão consideram que a antecipação do crédito para antes da colheita beneficia toda a cadeia produtiva e atende antiga reivindicação do setor, junto aos ministérios da Fazenda e da Agricultura.

Durante a reunião, Breno de Mesquita também comunicou aos participantes que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) fará uma missão técnica na Guatemala, neste mês de abril, para conhecer os processos produtivos dos cafés especiais daquele país. “Nosso objetivo é trazer para o Brasil novos métodos de produção a fim de melhorar a qualidade dos cafés especiais, que têm apresentado crescentes demandas”, explicou Breno. Após a visita à Guatemala, o grupo seguirá para os Estados Unidos e participará da feira SCAA Event, promovida pela Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA sigla em inglês). A feira reúne toda a cadeia cafeeira, desde produtores até baristas e torrefadores.

 

 

 

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