O Estado do Espírito Santo deve perder, em breve, o status de área livre da Sigatoka Negra da bananeira. Casos da doença foram confirmados após várias análises realizadas de acordo com informação do presidente Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Júnior Abreu. Havia suspeitas da doença em lavouras de banana na região norte que foram confirmadas com os resultados das análises divulgadas na semana passada.
A notícia surpreendeu produtores de banana. Com a confirmação, o Ministério da Agricultura deverá publicar em documento oficial a perda do status do Espírito Santo. Com isso, os produtores de banana não poderão comercializar as frutas para outros estados gerando prejuízos na economia estadual. O comércio com estados vizinhos poderá ser feito se os produtores seguirem medidas fitossanitárias estabelecidas em um sistema de mitigação de riscos da doença. O Ministério da Agricultura e o Idaf já estão reunindo produtores de banana para orientar sobre os procedimentos a serem adotados. Uma das orientações diz respeito ao uso de caixa de madeiras reaproveitadas para o transporte da fruta. Há legislação que proíbe a reutilização de caixas de madeira e orienta ao uso de caixas plásticas para o transporte da banana.
A Bahia também está com suspeitas da doença e pode perder o status de área livre assim como o Espírito Santo.
A Sigatoka Negra é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet e atinge as folhas mais novas da bananeira, causando estrias (linhas) marrons. Com o avanço da doença, as folhas têm morte prematura e os prejuízos podem chegar até 100% da plantação.
Redação Campo Vivo