Volume exportado cresce, e milho é destaque na balança do agronegócio

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O volume das exportações do agronegócio do mês passado supera, de longe, o de igual mês de 2015.

Um dos destaques fica para o milho. Nunca se exportou tanto esse cereal como nos últimos seis meses, cujo volume acumulado já atinge 30 milhões de toneladas.

Em igual período anterior, as exportações do cereal se limitavam a 16 milhões de toneladas.

Aos poucos, o país vai se firmando como um grande exportador desse produto. Dólar favorável às exportações e mercado ávido pelo produto brasileiro fazem com que as vendas externas se tornem uma constante.

O Brasil, no entanto, é um dos maiores produtores e exportadores de proteínas e necessita, portanto, de muito milho para a criação dos animais.

As consequências dessas exportações são óbvias sobre os preços, que aumentam. Em fevereiro do ano passado, uma saca de milho valia R$ 14 em Lucas do Rio Verde (MT). Neste ano, está em R$ 25, segundo cotações da Horizon Consultoria.

O respingo dos preços passa pelo aumento de custos na produção de carnes, chega ao bolso dos consumidores e bate na inflação.

O volume das exportações, até então recorde, poderá perder ritmo. Mas, provavelmente, o país ainda vai avançar mais no mercado externo nesse setor nos próximos anos.

Uma das saídas para o atendimento desse crescimento das demandas interna e externa será uma elevação da produção, que já é crescente nos últimos anos.

As vendas externas de milho somaram 5,4 milhões de toneladas no mês passado, um recorde para o mês e o terceiro maior volume exportado na história do país, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Esse cenário se repete para os demais itens da balança do agronegócio. Dos 16 principais produtos do setor, apenas 1 teve redução de volume exportado no mês passado, em relação a igual período anterior.

Além do milho, que teve aumento de 361% no volume exportado no período, outros quatro itens também tiveram forte aceleração: soja, açúcar, carne suína e etanol.

Quando se trata de preços, no entanto, todos tiveram queda nos valores médios de comercialização neste ano em relação a fevereiro de 2015.

 

 

Folha de São Paulo

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