A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) “continua sendo e será sempre a casa do produtor rural, estando com as portas abertas à participação de todas as entidades do setor agropecuário para, em conjunto, dar ao país as alternativas para enfrentar a forte concorrência existente no mercado internacional“, afirmou na noite desta, terça-feira (01/03), o presidente da instituição, João Martins. A manifestação do presidente da CNA aconteceu durante a solenidade comemorativa dos dois anos de criação da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em evento que contou com a presença da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Kátia Abreu.
O presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos, destacou na ocasião que as exportações brasileiras de frutas, no ano passado, cresceram 4%, em valor, e 11% em volume físico, “apesar de todas as dificuldades internas enfrentadas pela economia brasileira”. A meta, segundo ele, é obter receita superior US$ 1 bilhão de dólares com as exportações de frutas até o final de 2018. Já a ministra Kátia Abreu lembrou o apoio oficial do governo às demandas dos produtores e exportadores de frutas, afirmando não existir outro caminho que não seja “a promoção comercial como mecanismo estratégico para o Brasil conquistar novos mercados externos para a fruticultura”.
Unir forças para vencer – Na opinião do presidente da CNA, o momento atual exige a união de forças, “além da colaboração mútua entre todos os setores envolvidos na atividade produtiva, porque sozinho ninguém consegue vitórias”. João Martins destacou a importância de os fruticultores apoiarem tanto do ponto de vista financeiro, quanto institucional, o Centro de Excelência em Fruticultura a ser instalado em Juazeiro, na Bahia. O órgão terá como um dos principais objetivos promover o desenvolvimento de novas tecnologias em apoio aos produtores de frutas.
A ministra Kátia Abreu defendeu que os fruticultores sejam agressivos na promoção comercial junto a potenciais mercados internacionais, lembrando o fato de o Chile exportar quase seis vezes mais frutas que o Brasil, mesmo tendo Produto Interno Bruto (PIB) muito inferior. O presidente da Abrafrutas agradeceu o apoio dado pela CNA e pelo MAPA durante o processo de criação da entidade que avançou e fortaleceu os exportadores de frutas, no decorrer dos dois últimos anos. Citou como exemplo a criação recente, pela ministra Kátia Abreu, de uma Secretaria Especial da Fruticultura no âmbito do Mapa.
Luiz Roberto Barcelos destacou ainda que uma das principais reivindicações do setor é que o Brasil assine, o mais rápido possível, o Acordo de Livre Comércio com os 28 países que compõem a União Europeia (UE). Esse acordo, disse ele, “representaria passo decisivo no fortalecimento das exportações de frutas do país que hoje enfrentam elevadas barreiras tarifárias”.
A Europa impõe às frutas brasileiras, em média, tarifas de importação de 10% que, em alguns casos, chegam a 14%, cujo exemplo concreto é o da uva brasileira. Ele revelou que a França tem sido a principal opositora ao acordo “por temer a concorrência das frutas produzidas no Brasil”.
Homenagem – O presidente João Martins e a Ministra Kátia Abreu foram homenageados durante o evento com uma placa comemorativa dos dois anos de existência da Abrafrutas. Foram agraciados com o título de sócios-honorários da instituição. O presidente da CNA recebeu o título das mãos da senhora Adriana Prado, que representou na solenidade o ex-presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e um dos idealizadores da Abrafrutas, Carlos Prado. Já a ministra da Agricultura recebeu a homenagem do presidente Luiz Roberto Barcelos.
CNA