O setor de celulose e papel deve viver um ano e cautela em 2016, com o mercado enfrentando as mesmas incertezas de 2015. É em que acredita Elisabeth de Carvalhaes, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que reúne a cadeia produtiva.
“As previsões devem ser cautelosas, pois ainda não há um quadro claro sobre as medidas de estímulo à economia que serão anunciadas pelo Governo”, afirma Elizabeth, em comunicado divulgado pela entidade. A executiva, que integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), colegiado reunindo governo e representantes de diversos setores da economia.
A declaração foi divulgada junto com os resultados do setor em 2015. As vendas externas de celulose cresceram 8,6% em relação a 2014 e totalizaram 11,5 milhões de toneladas. O volume de papel exportado totalizou 2,1 milhões de toneladas, 11,5% a mais na comparação de 2015 com o ano anterior. As exportações de painéis de madeira alcançaram 641 mil m³, alta de 52,3% na mesma comparação. O faturamento dos exportadores somou US$ 7,8 bilhões, crescimento de 6,1% em relação a 2014 (US$ 7,4 bilhões).
“A Europa se manteve como principal destino da celulose brasileira e foi responsável por aproximadamente 38,5% dessa receita, seguida pela China e América do Norte, respectivamente, com cerca de 33,2% e 17,6%. Os embarques para a China cresceram 8,8% no ano”, diz a Ibá, no comunicado.
Produção e mercado interno
De janeiro a dezembro de 2015, a produção de celulose cresceu 4,5%, atingindo 17,2 milhões de toneladas. A produção de papel se manteve praticamente estável, somando, 10,3 milhões de toneladas.
As vendas de papel no mercado interno somaram 5,5 milhões de toneladas, 4,6% inferior em relação a 2014. Nos painéis de madeira, foram 6,4 milhões de m³, volume 11,3% menor de um ano para outro.
Globo Rural