Em 2015, o rol dos dez principais produtos exportados pelo Brasil permaneceu integralmente o mesmo em relação ao ano anterior. Mas as similaridades cessam por aí. Porque, entre os dez, apenas dois registraram aumento de receita cambial – celulose e milho em grão. Além disso, os recuos de receita variaram desde um mínimo de 8,05% (café em grão) até um máximo de 45,48% (minério de ferro). E isto fez com que houvesse “dança das cadeiras” entre os integrantes do ranking.
Nesse processo, um dos produtos que obteve melhor reposicionamento foi a carne de frango in natura – ainda que sua receita cambial tenha recuado quase 10% em relação a 2014. Porque o produto, sexto colocado no ano anterior, fechou 2015 como o quarto principal item exportado pelo Brasil no exercício passado – atrás apenas da soja em grão, do minério de ferro e do petróleo em bruto e à frente (com relativa distância) do quinto colocado, o açúcar em bruto, um semimanufaturado.
A ressaltar, aqui, que a receita cambial apontada – US$6,231 bilhões – refere-se apenas ao produto in natura – frango inteiro e/ou seus cortes. Ou seja: inclusas as exportações de industrializados de frango e de carne de frango salgada (os valores finais ainda não foram divulgados pela SECEX/MDIC), as divisas captadas pelo setor em 2015 superam os US$7,1 bilhões, colocando a carne de frango mais de um bilhão de dólares à frente do açúcar em bruto.
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