Crédito de custeio cresce 23% na safra 2015/2016

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Os produtores continuam investindo no campo. Dados da contratação de crédito rural na modalidade custeio, de julho a novembro deste ano, apontam um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2014, com R$ 42,9 bilhões. Esse tipo de financiamento é usado, por exemplo, para compra de insumos, plantio, tratos culturais e colheita. A comercialização, por sua vez, teve recuo de 2%, com desembolso de R$ 10,4 bilhões.

As liberações para custeio e comercialização nos cinco primeiros meses da safra 2015/2016 contabilizaram R$ 53,3 bilhões, o que representa 36% do montante oferecido pelo governo federal (R$ 149,5 bilhões) para essas finalidades. Os desembolsos de investimentos foram de R$ 9 bilhões, ou 24% do total programado, de R$ 38,2 bilhões.

O anúncio da liberação do financiamento da agricultura empresarial, com base em dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor) do Banco Central, foi feito nesta terça-feira (8) pelo secretário de Política Agrícola, André Nassar, em Brasília.

O destaque do período ficou com as linhas de financiamento para custeio do médio produtor (Pronamp) – faturamento de até R$ 1,6 milhão ao ano –, que atingiram R$ 8,5 bilhões. O valor representa um incremento 45% em relação ao consolidado de julho a novembro do ano anterior (R$ 5,8 bilhões). Os bancos públicos apuraram um aumento de 48% na oferta de recursos para o crédito da categoria, de R$ 6,6 bilhões ante R$ 4,4 bilhões, nos cinco meses de 2014.      
 
Juros controlados

Os números do Sicor mostram que o total financiado pelos bancos públicos, a juros controlados para a linha de custeio, foi de R$ 24,5 bilhões, nos cinco meses de contratação, incluindo recursos obrigatórios, poupança rural e fundos constitucionais. Os bancos privados somaram R$ 9 bilhões, e as cooperativas de crédito, R$ 4,4 bilhões. Para os financiamentos a juros livres para custeio e comercialização, o montante alcançou R$ 6,5 bilhões, incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, com avanço de 36% em relação ao igual período de 2014.
 
Para o financiamento da safra, o agricultor empresarial conta também com a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), recursos a taxas de juros livres, que atingiu R$ 859 milhões nesse período.

 

 

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