Em Vitória, no Espírito Santo, fica uma indústria de café cremoso. Para se firmar no mercado, a fábrica participou do PDA – Programa de Desenvolvimento Associativo, da CNI. Lá, empresários de um mesmo setor trocam figurinhas para melhorar a competitividade.
Paixão nacional, o café tem versões para todo mundo. Mesmo assim, tem gente que ainda inova. Foi de um erro que nasceu o café cremoso. Cristina começou a vender a mistura de café, canela e açúcar para ajudar no orçamento doméstico e logo teve que se profissionalizar.
O café tem esse poder de reunir pessoas em torno de uma mesa para uma boa conversa. Só que essa troca de experiências é tão ou mais importante no mundo dos negócios. A empresária Cristina Pascoli Tongo percebeu isso quando entrou para o sindicato do setor. “Quando eu entrei, eu tive acesso a relacionamento, conhecimento, passei a enxergar o mundo maior e quando o micro e pequeno empresário entender que junto ele é mais forte, a gente ganha o mundo”.
A união acontece quando indústrias concorrentes viram parceiras. O programa de desenvolvimento associativo foi criado em 2007 e, no ano passado, beneficiou mais de 25 mil empresários e gestores. Para este ano, a estimativa é organizar 311 ações, com mais de 6 mil vagas. “Hoje o empresário para fazer empresa crescer tem que estudar. E estudar não é só fazer faculdade. É estudar o negócio dele, como vai aplicar e fazer o negócio dele crescer dentro do setor dele, e eu tive esse acesso dentro da associação”, diz Cristina.
Foi no programa que a empresária aprendeu a organizar a produção, dividir tarefas e melhorar a receita. “A participação nesse programa fez com que a gente estabilizasse esse produto. A equipe de engenharia de alimento trabalhou comigo em exames laboratoriais, e na nova formulação do produto”.
Cristina começou a vender para padarias e confeitarias e logo surgiu um novo desafio: espalhar seu produto pelo Brasil. A saída, mais uma vez, foi a união entre os pequenos. O programa de desenvolvimento associativo criou para Cristina um modelo de franquia de distribuição.
Hoje a fábrica produz 26 mil potes de café creme por dia, exporta para seis países e tem 46 franquias de revenda espalhadas pelo Brasil. O modelo foi formatado pelo programa da CNI e Cristina espera faturar R$ 2 milhões este ano.
Empresas interessadas nos serviços devem procurar o sindicato de representação do setor ou a Federação de Indústrias de seu estado.
Campo Vivo com informações de assessoria