Foto: Incaper
Enquanto o clima seco em muitas importantes regiões produtoras de café robusta do mundo está levando a menores produções desse tipo de grão, uma colheita maior do que a média de arábica de baixa qualidade poderá ser usada para preencher essa brecha, de acordo com o Rabobank.
“As fortes chuvas recentes nas áreas de produção de arábica do Brasil fornecerão disponibilidade de grãos arábica de menor qualidade, facilitando a troca de robustas por arábicas”.
O clima seco está afetando a produção de café robusta em quatro das maiores áreas produtoras do mundo – Brasil, Indonésia, Vietnã e Índia – com condições desfavoráveis também na Tailândia e em Laos. Isso deverá levar a um déficit de robusta de 4,6 milhões de sacas em 2016/2017, e a um déficit geral de 2,2 milhões de sacas.
Com a previsão fraca para 2016/2017 agora fatorada nos preços internacionais, o foco mudou para a safra de 2017/2018, disse o relatório. “Acreditamos que algo acima de 16 milhões é improvável, uma vez que o crescimento dos ramos tem sido extremamente pobre. O fator de definição serão as chuvas durante o período de floração. As baixas chuvas nos últimos meses significam que os reservatórios estão atualmente baixos ou vazios e, como resultado, os produtores não terão água suficiente para induzir artificialmente a floração. Assim, não podemos descartar a possibilidade de uma colheita ainda menor de robusta na próxima safra”.
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