Aracruz entra em debate sobre o presente e o futuro da Silvicultura

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Na tarde desta quinta-feira (05), o município de Aracruz será palco de mais uma oficina de trabalho do Pedeag 3. Dessa vez as discussões serão em torno da cadeira produtiva da silvicultura. Agricultores familiares, produtores rurais e demais representantes poderão discutir sobre os principais desafios e oportunidades do setor.

De acordo com o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), César Teixeira Pereira, as discussões terão o foco em orientar os agricultores familiares e a todos os produtores rurais para que aproveitem as áreas de baixa produtividade para pecuária e cafeicultura e façam o uso de produtos florestais. “Isso ajuda a preservar o meio ambiente e gerar renda para os produtores”, completou César.

Atualmente essa atividade florestal atende aos setores de caixotaria, de artefatos de uso na construção civil, moveleiro e de celulose. Agregam-se aí, as empresas de produção de carvão e fornecedoras de lenha para consumo na indústria de cerâmica, siderúrgica e de alimentação e bebidas, bem como os segmentos de prestação de serviços e fornecimento de matérias-primas utilizadas nos processos florestais.

Silvicultura

A cobertura florestal do Espírito Santo é formada pelo remanescente da Mata Atlântica, totalizando cerca de 603 mil hectares ou pouco mais de 10% do território estadual, bem como pelos plantios de eucalipto, pinus, seringueira e palmáceas que, juntos, somam mais de 250 mil hectares.

A atividade da silvicultura diz respeito ao reflorestamento com finalidade comercial. A madeira assim produzida é destinada a diversas finalidades, desde a lenha até a produção de celulose e papel. Normalmente, utilizam-se espécies exóticas como os eucaliptos, já que são menos atacados por inimigos naturais e crescem mais rapidamente. Atualmente, no Brasil, existe enorme déficit entre a madeira produzida pela silvicultura e a demanda oriunda do mercado consumidor interno, estimulando vultosos investimentos no setor.

A produção de madeira procedente de florestas econômicas é hoje amplamente empregada nas propriedades capixabas para fornecimento de energia, construções rurais, cercas, postes e tutoramento de plantas. O conjunto de tais ações contribui para diminuir a pressão sobre as florestas nativas, em função da necessidade de madeira existente nas propriedades rurais, além de constituir- se em excelente oportunidade para aumentar a renda nas propriedades por meio do aproveitamento de áreas ociosas ou com limitações para culturas agrícolas mais exigentes.

Atividade tradicionalmente restrita às áreas degradadas pela agropecuária tradicional, a silvicultura tem conquistado novos contornos, consolidando-se como uma atividade sustentável, com base social e ambiental. As florestas plantadas no Estado, que ocupavam menos de 190 mil hectares em 2000, ultrapassaram 250 mil hectares atualmente e podem chegar a 400 mil hectares em 2030, através de planejamento PEDEAG 3 e ações de fomento.

Serviço:

Data: 05/11/15
Horário: 15h00
Local: Auditório da ESTEL Serviços Industriais – Av. Presidente Castelo Branco, s/nº/ Centro Empresarial, Blocos A, B e C, Aracruz.

 

 

Tatiana Caus

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