Produtores rurais de Colatina e Baixo Guandu começaram a receber os materiais para cercar as nascentes que vão ser recuperadas e protegidas pelo Programa Olhos D’Água do Instituto Terra. Os dois municípios do Espírito Santo são bastante atingidos pela crise hídrica que assola o Rio Doce e vão ganhar mais 30 nascentes revitalizadas até meados de 2016, graças ao apoio da Fundação Anne Fontaine, com sede nos EUA.
Técnicos do Instituto Terra já efetivaram a entrega de mourões, arames e grampos suficientes para cercar 13 nascentes, sendo que nas próximas semanas serão entregues os insumos para as outras 17 nascentes cadastradas.
O trabalho de isolamento dos olhos d’água é realizado pelos próprios produtores a partir da assistência técnica do Instituto Terra, que também realiza o estudo georeferenciado das propriedades atendidas, formalizando propostas de adequação ambiental e permitindo a inscrição da unidade rural no CAR (Cadastro Ambiental Rural), uma das exigências do novo Código Florestal.
Sobre o Instituto Terra
Fundado em 1998 por Lélia Deluiz Wanick e Sebastião Salgado, o Instituto Terra é uma associação civil, sem fins lucrativos, que promove a recuperação da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce há 17 anos. Atua por meio da restauração ecossistêmica, produção de mudas nativas, extensão ambiental, pesquisa científica aplicada e educação ambiental, em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. Sua sede se localiza na Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), área reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O título conserva seu ineditismo por se tratar da primeira RPPN criada em uma área degradada, com o compromisso de vir a ser recuperada. Ao todo, desde sua fundação, o Instituto Terra já contabiliza 7,5 mil hectares de Mata Atlântica em processo de recuperação no Vale do Rio Doce e a produção de mais de 4 milhões de mudas nativas. E mais que plantar árvores e recuperar fontes de água, desde o início os fundadores se mobilizaram para tornar o Instituto Terra em um polo irradiador de uma nova consciência ambiental, baseada na recuperação e conservação florestal, aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade vida no meio rural. Até o momento, mais de 700 projetos educacionais já foram desenvolvidos para um público superior a 72 mil pessoas, de 176 municípios do Vale do Rio Doce. Mais informações no site www.institutoterra.org.
Campo Vivo com informações de assessoria