Agropecuária será referência de conhecimento e capacitação técnica, produzindo mais e melhor, diz presidente da CNA

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O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, prestigiou a aula magna de abertura da segunda turma do  curso de pós-graduação  em Gestão Empresarial do Agronegócio, da Faculdade de Tecnologia CNA, destacando a importância do modelo para o fortalecimento da agropecuária brasileira, cujo objetivo estratégico é  “torná-la referência de conhecimento e capacitação técnica”.
 

João Martins destacou ainda que a agropecuária brasileira dispõe de capacidade, competência e tecnologia para disputar mercado com os países mais avançados do mundo. O produtor, segundo Martins, está preparado para atender as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) de, nos próximos dez anos, o país assumir a  liderança mundial na produção de alimentos. A meta da FAO é o Brasil produzir 470 milhões de toneladas de grãos para consumo interno e externo, a partir de 2050.

Os alunos foram recebidos pelo Diretor-Geral da Faculdade de Tecnologia CNA, Abdon Miranda, na sede da entidade em Brasília. A maioria absoluta dos alunos desta pós-graduação da Faculdade é de servidores da Caixa Econômica Federal (CEF), que hoje também financia a produção agropecuária e é parceira do SENAR. As duas entidades firmaram, recentemente, um protocolo de intenções nacional para garantir crédito orientado aos agricultores e pecuaristas do País atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial.

Ao proferir aula inaugural do curso, que também contou com a presença dos presidentes de Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Veronez, e da Paraíba, Mário Borba, o Secretário Executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Daniel Carrara, lembrou aos alunos o enorme desafio a ser vencido no decorrer dos próximos anos: levar assistência técnica regular a mais de 4 milhões de produtores rurais  do universo superior a cinco milhões de estabelecimentos agrícolas espalhados por todo o país.

"Nós da CNA temos capacidade e eficiência para produzir, tendo a certeza de ser este o nosso negócio, mas a grande maioria dos produtores rurais não sabe como gerir seu empreendimento para impulsionar a produção e ter  lucro”, enfatizou Daniel Carrara e acrescentou que “não está na alma do agricultor brasileiro ser empresário, exercer o planejamento financeiro de sua propriedade, mas o SENAR vem procurando mudar essa mentalidade ensinando o homem do campo a ganhar dinheiro”.

A trajetória do SENAR – Daniel Carrara contou aos alunos um resumo da história do SENAR, caçula do Sistema S (integrado ainda pelo SENAC, SESI E SENAI), criado em 1992. O Secretário Executivo do SENAR destacou que a filosofia do órgão sempre foi dar prioridade a atividade fim, em detrimento da atividade meio. Isso significa, segundo ele, utilizar os poucos recursos financeiros em ações de formação profissional, promoção social, ensino técnico e assistência técnica.
 

Ao defender para os alunos as potencialidades do mercado do setor agropecuário, Carrara mostrou que hoje o brasileiro pode construir uma carreira no campo dentro do SENAR, começando pelos cursos presenciais de curta duração, se aperfeiçoando em cursos a distância e em cursos de nível técnico semi-presenciais e finalizando a formação profissional em cursos de graduação e pós-graduação da faculdade.

Alunos estão otimistas – Os alunos que iniciaram, agora,  o  curso de pós-graduação da Faculdade de Tecnologia CNA, após ouvirem as palavras de João Martins e Daniel Carrara, manifestaram convicção de que escolheram o caminho certo, com fortes obstáculos e desafios pela frente, nos 18 meses de duração da empreitada. O baiano Everton Ribeiro, funcionário da CEF e com conhecimento em assuntos ligados ao crédito rural, mostrou sua confiança na seriedade de propósitos do projeto. “O conteúdo do curso permitirá aos seus participantes adquirir confiança, capacidade de discernimento e informação objetiva e segura sobre o perfil do produtor rural” aposta.

Já Efren de Moura Ferreira Neto, cuja família tem raízes no meio rural da Bahia, nas lavouras de cacau, acredita que a pós-graduação em Gestão Empresarial do Agronegócio lhe dará mais conhecimento e capacidade para tomar decisões na área do agronegócio na CEF. E, quem sabe, “conseguir ajudar, em futuro próximo, minha sogra lá no interior da Bahia, na modernização de sua pequena fazenda, ainda mais agora que ela está interessada na criação de frangos”, assinalou.

 

 

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