A necessidade de café no mundo nos próximos anos e o potencial da cafeicultura brasileira perante outros países são alguns dos assuntos que foram debatidos durante o VI Seminário Internacional do Café, realizado nesta segunda (05) e terça-feira (06), no Rio de Janeiro. Para apresentar um panorama sobre a atividade no Espírito Santo, o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Embrapa, Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca, participa do evento representando o Instituto e a Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel).
Entre os temas que fizeram parte da programação, destaque para os cenários do mercado nacional e mundial do café, os programas de governo voltados para o setor, além de discussões sobre a pressão internacional para o aumento da produção agrícola. O encontro avaliou também a situação atual e perspectivas para a cafeicultura, especificamente, nas regiões de Minas Gerais, do Cerrado, em São Paulo, Zona da Mata, na Bahia e também no Espírito Santo.
“A cafeicultura Espírito Santo tem crescido ano após ano, gradativamente e com boa expressividade, tanto de arábica quanto o Conilon. A renovação constante das lavouras com tecnologias apropriadas é possibilitada a partir de um intenso trabalho desenvolvido pelo Incaper, de pesquisas e transferência de tecnologias aos produtores rurais. Assim, nos diferenciamos, positivamente, dos demais estados que cultivam o fruto e mantemos o nosso posto de maior produtor de Conilon e o terceiro Estado que mais produz arábica no Brasil”, comenta Aymbiré.
Ele explica que a produção de arábica vem aumentando expressivamente e passou da média de 11 sacas por hectare para cerca de 17 sacas por hectare. No Conilon, o aumento da produtividade também é observado ano após ano. Ainda foram apresentados no encontro, temas relacionados às linhas de crédito para agricultores, desafios do setor industrial e da economia cafeeira, necessidades de políticas públicas, bem como tendência dos preços, situação dos outros países produtores de café e a previsão das safras de 2012/13.
“Esse tipo de evento possibilita uma rica troca de experiências e a percepção do comportamento dos outros estados e países em relação à cafeicultura. Quanto ao Brasil, produtor de 1/3 do café do mundo, o preço praticado atende às perspectivas do produtor e não é tão alto, de modo que haja estímulo à concorrência. No Espírito Santo, especificamente, o cenário também é muito positivo. As lavouras estão revigoradas e bem nutridas, e a expectativa é de elevadas produções para os próximos anos”, avalia Aymbiré.
Ana Carolina Marchesi
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