Representantes das secretarias de Estado da Agricultura do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul estiveram no Espírito Santo, nesta quinta-feira (14), para conhecer o trabalho realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) no monitoramento de resíduos de agrotóxicos. Eles estão recebendo informações sobre as características do programa e irão ao município de Domingos Martins para observar como é realizada a coleta de amostras para exames na lavoura.
O chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Vegetal do Idaf, Ezron Leite Thompson, explica que os visitantes conheceram a atividade em uma apresentação feita por ele no “Encontro Nacional de Fiscalização de Agrotóxicos”, realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Na ocasião eles se interessaram em implantar a experiência capixaba em seus estados.
Segundo Ezron, o diferencial do programa do Espírito Santo é que a coleta é feita diretamente na propriedade rural, antes do alimento chegar ao consumidor. Com isso, é possível 100% de rastreabilidade. A partir dos resultados, os responsáveis pelas propriedades com irregularidades recebem informações sobre os procedimentos corretos, e, em alguns casos, a plantação pode ser interditada ou erradicada.
A representante da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Searg), Rita Graselle, destaca que o órgão pretende seguir o modelo adotado no Espírito Santo. Ressalta ainda que se trata de um importante avanço para o público consumidor, pois o monitoramento evita que alimentos com resíduos excessivos de agrotóxicos ou com substâncias proibidas cheguem ao comércio. O engenheiro agrônomo Leonardo Vicente da Silva, da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (Seapec) afirma que o programa é uma forma de promover a segurança alimentar e fortalecer a cadeia produtiva.
Monitoramento de resíduos de agrotóxicos
O Idaf vem realizando trabalhos de monitoramento de resíduos em diversas culturas desde 2003. Dentre elas estão: a alface, o coco, a goiaba, a laranja, o mamão, o maracujá, o tomate e o pimentão. Após coletadas pelos técnicos do Instituto, as amostras são encaminhadas a laboratórios credenciados onde são feitas as análises para identificar e quantificar os resíduos.
Os dados obtidos pelos exames possibilitam verificar a qualidade e a segurança dos alimentos, detectar as fontes de contaminação e proporcionar uma avaliação quanto ao uso inadequado e não autorizado de agrotóxicos. A finalidade é a prevenção e controle dos riscos decorrentes do consumo de alimentos com excedente e também a proteção da saúde do produtor rural, que trabalha na aplicação dos agrotóxicos nas propriedades.
Jória Motta Scolforo
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