A pressão do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e de outros parlamentares da Bancada do Agronegócio foi fundamental para que o Conselho Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) adiasse as discussões sobre a revisão da sobretaxa aplicada nas importações do glifosato da China.
O tema estava na pauta da reunião da Camex realizada na segunda-feira (5), mas foi retirado por solicitação do novo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, após argumentos do parlamentar. “O ministro nos ouviu e teve o bom senso de pedir a retirada da pauta. Ele sabe que um preço alto vai afetar os custos da próxima safra”, enfatiza Heinze.
Há tempos o progressista gaúcho está mobilizado para evitar que o governo ceda a pressão da Monsanto e crie um preço de referência para importação do produto chinês. Segundo Heinze, a mobilização tem surtido efeito, mas para evitar que isso aconteça é fundamental que as entidades do setor e produtores manifestem-se contrários a medida e ajudem a pressionar. “Precisamos nos unir por essa causa, pois os agricultores e, consequentemente, os consumidores, correm o risco de arcar com uma conta de mais de US$ 800 milhões em favor da multinacional”, evidencia.
A empresa defende a tarifação de US$ 4,60 por kg/l importado. Contrário a barreira e defensor da extinção da sobretaxa que atualmente está em 2,1%, o deputado destaca que o aumento da alíquota representará não só a elevação dos gastos nas lavouras, mas também terá reflexos sobre o valor da cesta básica e na inflação.

