O Pólo de Goiaba implantado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag) no Norte capixaba já apresenta excelentes resultados. A fruta está em plena safra e a expectativa é que se colham até 30 toneladas por hectare plantado.
O objetivo da implantação do Pólo é gerar emprego e renda e incentivar a diversificação da produção. Somente nos últimos quatros anos foram distribuídas mais de 120 mil mudas para as cooperativas de produtores da região. Fazem parte do Pólo, os municípios de Pinheiros, Pedro Canário, Montanha, Conceição da Barra e Boa Esperança.
Para o produtor Jaldemir Badiani, que possui a maior plantação de goiaba do Estado, com 17 mil pés da fruta, a expectativa de aumento na produção é grande. “Hoje temos uma safra e meia por ano, mas a partir de 2009 já teremos duas. Com todo este incentivo do Governo do Estado, que nos ajuda a negociar o valor de venda com as empresas, não tenho porque não investir cada vez mais na minha propriedade e aumentar o número de empregados”, afirmou.
Indústrias
A iniciativa da implantação do Pólo surgiu a partir da demanda de frutas por parte da indústria de polpas, como é o caso da Trop Frutas do Brasil, localizada em Linhares. A empresa compra a produção de mais de 320 agricultores, processa a polpa e repassa para fábricas de sucos e sorvetes de todo País.
O gerente geral da Trop Frutas do Brasil, Marcos Leonardo, explica que a condição climática no Norte do Espírito Santo permite a produção de uma fruta com melhor qualidade. “Principalmente a goiaba tem se destacado em relação aos Pólos já tradicionais como São Paulo e Petrolina. A fruta tem um tamanho maior, um teor de açúcar excelente e um rendimento na indústria muito bom”, explicou.
A empresa, fundada em novembro de 2007, também já planeja uma expansão do seu parque industrial. Até 2006 a fábrica será triplicada e deverá processar até 172 toneladas de frutas por ano.
Pólo de Goiaba
Segundo o gerente do Programa de Fruticultura da Seag, Dalmo Nogueira, a área atual do Pólo está estimada em 250 hectares, com a variedade “Paluma”, que é a mais indicada para a indústria. Somados as áreas de São Roque do Canaã, Afonso Cláudio e outros municípios fora da área do Pólo, este número chega a 482 hectares. Desse total, estima-se produzir a partir de 2010, um volume da ordem de 10 mil toneladas anuais da fruta, dos quais, cerca de 80% deverão ser destinados para as plantas industriais.
As perspectivas para a cultura da goiabeira na região são bastante favoráveis. Tendo em vista principalmente o crescimento da demanda de goiaba por parte das indústrias de processamento de polpa e de sucos prontos para beber, que estão em franca expansão no Brasil e no Espírito Santo.
Além dessa demanda a ser suprida, verifica-se também a possibilidade de atendimento de parte do mercado de frutas frescas, e também, de produtos artesanais, como por exemplo: goiabada, geléia, polpa congelada, indicando que a cultura possui ótimas perspectiva de mercado.

