Produtores de Fundão recebem treinamento sobre poda em lavoura cafeeira

por admin_ideale

 


Durante a primeira quinzena deste mês, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) vai realizar uma série de seis capacitações sobre café, em diversas comunidades de Fundão. O objetivo dos treinamentos é instruir os produtores rurais do município sobre a nova tecnologia da poda programada de ciclo do café Conilon, que proporciona diversos benefícios à produção.


As atividades serão teóricas e práticas, realizadas nas propriedades rurais dos agricultores familiares, sempre a partir das 16 horas, com participação de aproximadamente 40 agricultores em cada curso.  A primeira capacitação será realizada nesta segunda-feira (04), na propriedade do Sr. Francisco Carlos Sarnaglia, na comunidade Goiapaba-Açu.


As instruções serão do engenheiro agrônomo do Incaper de Fundão, Ismael Fernandes de Almeida, que falará aos participantes sobre as principais vantagens da poda em lavoura cafeeira e explicará como proceder durante as recorrentes safras, de acordo com a forma adequada de se lidar com a tecnologia.


Além disso, demonstrará no cafezal a maneira correta de se realizar o procedimento e distribuirá aos produtores um folheto explicativo produzido pelo Instituto, que apresenta informações sobre a técnica.


De acordo com Ismael Almeida, é de extrema importância transmitir aos produtores esta nova técnica de poda do café, já que ela proporciona aumentos significativos de produtividade e diminui a mão-de-obra necessária no cafezal.


No mês de julho, duas comunidades do município já receberam a capacitação. Outros seis encontros serão realizados neste mês, totalizando, então, oito propriedades visitadas. Com isso, o intuito é abranger todos os produtores de Fundão.


A cafeicultura é a principal atividade econômica de Fundão. O município apresenta 450 propriedades rurais envolvidas com a atividade e produz aproximadamente 45 mil sacas de café Conilon e cinco mil de arábica por safra. A produtividade média local é de 45 sacas por hectare.



 


Programação:


– 04/08 – Comunidade Goiapaba-Açu / Cafezal do Sr. Francisco Carlos Sarnaglia


– 05/08 – Comunidade Pasto Fundão / Cafezal do Sr. Edvan Broetto


– 07/08 – Assentamento Piranema / Cafezal do Sr. José Gomes


– 11/08 – Comunidades Alto da Penha e Araraquara / Cafezal do Sr. Pedro Mathias Pinto


– 12/08 – Comunidade Munitura / Cafezal do Sr. Irineu Massaroni


– 13/08 – Comunidade Encruzo / Cafezal do Sr. Jonas de Carli


 


A Poda Programada de Ciclo


A tecnologia da poda programada de ciclo foi desenvolvida após  mais de 20 anos de estudos realizados por pesquisadores do Incaper, em parceria com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (coordenado pela Embrapa Café),  e com o setor privado, por meio do pesquisador José Sebastião Machado Silveira, ex-técnico da instituição. 


A tecnologia consiste na eliminação das hastes e ramos horizontais que vão se tornando improdutivos e substituição por outros mais novos. Os ramos estiolados, os quebrados, os mais velhos e sem vigor, os mal localizados, que dificultam a entrada de luz no interior da copa das plantas e o excesso de brotações também são eliminados.


Segundo o presidente do Incaper, Gilmar Dadalto, com a nova tecnologia, o produtor terá no mínimo 20% de aumento na produtividade. “Isso significa dizer que das 27 sacas/ha colhidas em média no Estado, haverá um incremento de 5,4 sacas, o que resultará em 32,4 sacas/ha. Se for considerado o preço médio de venda da saca, R$ 210,00, serão R$ 1.134,00 a mais de lucro por hectare”, explica.


Outra vantagem da poda programada é a redução de 32% na mão-de-obra utilizada. Enquanto na poda tradicional são gastos 20 dias na realização do serviço, na nova técnica serão 13,6, ou seja, diminuição de 6,4 dias de trabalho por hectare.


A média de custo de um dia de serviço na lavoura, considerando todos os encargos, é de R$ 35,00. Com aproximadamente uma semana a menos de mão-de-obra, o cafeicultor vai economizar R$ 224,80/ha.


Então, somando-se o aumento do lucro de R$ 1.134,00 e a economia da mão-de-obra em R$ 224,80, serão R$ 1.358,00 de ganho em cada hectare. “É como se o produtor recebesse 6,6 sacas em dinheiro a mais, por hectare”, destaca o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura do Incaper, Romário Ferrão.


 


Principais vantagens da poda programada:


– Aumento superior a 20% na produtividade;
– Redução média de 32% de mão-de-obra no período de 10 colheitas;
– Facilidade de entendimento e execução;
– Padronização do manejo da poda;
– Maior facilidade para realização da desbrota e dos tratos culturais;
– Maior uniformidade das floradas e da maturação dos frutos;
– Melhora o manejo e controle de pragas e doenças;
– Maior estabilidade de produção na lavoura e maior qualidade do produto.

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