Preço da terra segue em alta no país

por admin_ideale

 


Os preços de terras agrícolas continuam firmes no Brasil, principalmente nas regiões produtoras de soja e áreas de pastagens, que começaram a se valorizar com a alta do boi gordo no mercado. No país, a cotação média do hectare encerrou o bimestre (maio/junho) a R$ 4.287, com aumento de 17% e ganho real de 2,9% em relação há 12 meses, segundo levantamento realizado pela AgraFNP. Nos últimos 36 meses, a valorização média foi de 40,5%, frente uma inflação de 20% no período, resultando em um ganho real de 6,4%.


“Os grãos estão impulsionando os preços das terras, que devem se manter em alta nos próximos meses, por conta da forte demanda no mercado”, diz Jacqueline Bierhals, analista responsável pelo mercado de terras na consultoria paulista.


No bimestre maio/junho, o Sul foi a região onde o preço da terra mais se valorizou em 12 meses: 28,2%. Na região Norte, as terras subiram 24,5% no mesmo intervalo. No Centro-Oeste e no Nordeste, a alta foi de 18% e, no Sudeste, a valorização foi menor, de 9,3%.


De acordo com Jacqueline, a região do Mapito – nova fronteira agrícola que compreende os Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins – e o oeste baiano são as que estão gerando maior demanda por parte dos compradores. “Essas regiões têm recebido investimentos de tradicionais grupos de produtores e também de estrangeiros”.


Como a revisão na lei que regulamenta a compra de terras por estrangeiros ainda não saiu, as compras financiadas por estrangeiros estão aquecidas, sobretudo no Centro-Oeste e Nordeste, de acordo com a analista da AgraFNP.


Para as terras negociadas para plantio de grãos, os preços são indexados em sacas de soja. Com a valorização das áreas, há propriedades que já estão sendo negociadas a 600 sacas por hectare. O que atrai interesse para Mapito são os preços. Lá há terras negociadas a 60 sacas por hectare, diz a analista.


Na contramão, os preços de terras para cana se valorizaram menos que a inflação. “As vendas de terras no Sudeste estagnaram. O aumento médio em 12 meses ficou em 9,3% [ante inflação de 14% ].” Na Amazônia Legal, as vendas estão paradas, segundo a AgraFNP.


Em comunicado enviado na sexta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a SLC Agrícola, uma grande proprietária de terras no país, revisou para cima sua estimativa de área plantada. Para a safra 2008/09, passou de 193 mil hectares a 220 mil. Para 2009/10, de 223 mil a 270 mil hectares.


Valor Econômico

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