Embrapa defende atualização da Lei de registro de defensivos

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Durante reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), juntamente com Marcelo  Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, defenderam o Projeto de Lei (PL) que pretende modernizar o atual entendimento sobre os defensivos no País. Para Morandi, a mudança é necessária para agilizar o registro dos produtos, que atualmente pode demorar até dez anos.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, o substitutivo ao PL 3200/2015 garantirá que os produtores rurais tenham acesso à produtos com mais segurança e eficiência. Ele acredita que é preciso entender as agriculturas orgânica, ecológica e convencional não como antagonistas, mas sim complementares.

“Cada uma atende a um interesse específico. Todas fazem parte de um conjunto que fornece alimentos e produtos à população. O uso de defensivos é uma das formas de manejo utilizada no plantio em larga escala”, comenta.

Morandi explica que o problema da atual lei que regulamenta o registro de defensivos não acompanhou a evolução dos produtos destinados à agricultura. De acordo com ele, sempre há um risco envolvido no manejo de qualquer produto disponível no mercado, mas deve-se entender que por isso existem as entidades responsáveis por regulamentar os defensivos.

“A avaliação também se modernizou. Hoje, há critérios mais eficientes na avaliação de risco em complemento à avaliação de perigo. O registro precisa ser eficiente e garantir segurança para a saúde humana, ao meio ambiente, ao agricultor e às plantas e alimentos”, explica.

Já para o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Robson Barizon, existe também uma grande necessidade de expor mais conceitos e estudos à população em geral, que ainda sofre com a desinformação. Além disso, o pesquisador salienta que existe uma grande resistência por parte da sociedade urbanizada de entender a complexidade da prática agrícola.

“Pedem uma agricultura sustentável, mas desconhecem que ela em sua grande maioria já é. O campo usa mecanismos complexos para alcançar produções cada vez melhores e mais eficientes”, conclui.

Agrolink

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