Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) atingiram 614,5 mil toneladas entre janeiro e outubro, volume 38,1% superior ao alcançado no mesmo período do ano anterior, que foi de 444,9 mil toneladas.
Especificamente em outubro foram exportadas 62,6 mil toneladas, desempenho 21,5% superior ao efetivado no décimo mês de 2015 (com 51,5 mil toneladas).
“Vimos a média dos volumes embarcados subir neste segundo semestre para mais de 65 mil toneladas, diante de uma média de 58 mil toneladas nos seis primeiros meses do ano. Este comportamento do mercado aponta para um saldo final superior a 700 mil toneladas neste ano”, explica o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
Com esta performance, as vendas geraram receita cambial de US$ 1,208 bilhão entre janeiro e outubro, resultado que supera em 13,4% o saldo obtido nos dez primeiros meses de 2015 (de US$ 1,065 bilhão).
Na conversão para reais, as altas chegaram a 2,5% apenas no mês de outubro, com R$ 465,7 milhões (contra R$ 454,3 milhões em outubro de 2015), e a 19,5% entre janeiro e outubro deste ano, com R$ 4,182 bilhões (frente a R$ 3,500 bilhões nos dez primeiros meses de 2015).
Maior importadora de carne suína do Brasil (com 34% do total), a Rússia importou 206,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, número 3% superior ao registrado no mesmo período de 2015 (200,3 mil toneladas).
Em segundo lugar, Hong Kong importou 140 mil toneladas no mesmo período (equivalente a 23,1% do total), volume 45% maior que as 96,3 mil toneladas efetivadas no mesmo período do ano passado.
Para a China, terceiro principal destino (com 12,4% do total) foram exportadas 75,4 mil toneladas, dado que supera em mais de 2.400% as 3 mil toneladas registradas no ano anterior.
Outros mercados também incrementaram suas compras neste ano, como Chile (em 216%, com 19,4 mil toneladas entre janeiro e outubro), Argentina (119%, com 18,6 mil toneladas), Uruguai (em 32%, com 23,2 mil toneladas) e Singapura (com 20%, totalizando 26,9 mil toneladas.
“Com exceção da Venezuela e de Angola, praticamente não registramos retrações entre os importadores de carne suína do Brasil. De forma geral, o saldo das vendas foi bastante positivo, em especial na América do Sul e no mercado chinês”, analisa Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da ABPA.
Agrolink com informações de assessoria