“É preciso acabar com o mito de que a carne suína é prejudicial à saúde”. A afirmação é da analista técnica de assuntos regulatórios da Quimtia no Brasil, Melisa Fructuoso. De acordo com a especialista, grande parte da população brasileira passou a acreditar que a carne suína era de má qualidade devido aos mitos envolvendo a forma de criação dos animais, como mantê-los soltos e com poucos cuidados sanitários.
“O que percebemos é que cada vez mais a cadeia produtiva dos suínos está se intensificando. Hoje, grande parte dos criadores adota um sistema de criação fechado, que permite maior controle sanitário como desinfecção, higienização e vacinação dos animais. Nutricionalmente falando, a carne suína possui uma grande quantidade de vitaminas do complexo B e minerais, sendo que alguns cortes como filé mignon, lombo, bisteca, pernil, entre outras, são considerados tão ou mais nutritivos do que a carne de frango”, acrescenta Melisa.
Questionada sobre a crença popular de que é preciso assar por mais tempo a carne suína para eliminar ovos de parasitas que existem entre fibras da carne de porco, a analista desfaz mais um mito: “O sistema de criação utilizado na produção dos suínos reduz significativamente a possibilidade de contaminação dos animais por qualquer tipo de parasita”.
“Independentemente do tipo de carne (bovina, suína, caprina, etc), quando contaminadas, podem provocar doenças ao homem, isso ocorre também através da ingestão de frutas e verduras mal lavadas quando contaminadas. Para evitar este problemas, recomenda-se sempre ingerir alimentos lavados e bem cozidos, e sempre se certificar da procedência do alimento”, explica.
Segundo Melisa, “a carne suína deve ser preparada como qualquer outro tipo de carne, não tendo necessidade de nenhum cuidado adicional”. Além disso, ela confirma a importância de se “atentar à procedência da carne para ter garantias de que os animais foram produzidos de maneira adequada e com controle sanitário”.
Nos últimos anos o consumo de carne suína pelos brasileiros teve um aumento, atingindo inéditos 14,5 Kg per capita. Para Melisa, mesmo que abaixo do desejado, existe um crescimento tímido pela procura à carne suína no Brasil, o que pode servir de parâmetro para avaliar a mudança na preferência sobre o tipo de carne na mesa dos brasileiros. “Sem dúvidas, além das adoções de novas estratégias de marketing e a tecnificação do sistema, o uso de uma nutrição de precisão se torna uma ferramenta indispensável, pensando sempre no fortalecimento do setor”, finaliza.
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