O Brasil poderá adotar pela primeira vez, a compartimentação de suínos, para que sejam considerados livres de febre aftosa sem vacinação e da peste suína clássica. A adoção do sistema está prevista para até um ano e meio e será voluntária. Para tanto, será iniciado projeto piloto. Com isso, as propriedades de engorda de suínos, unidades de genética e frigoríficos se tornam reconhecidos como protegidos contra eventual risco dessas doenças. A proposta partiu do setor produtivo de Mato Grosso.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques, explicou como funciona o sistema aos integrantes da Superintendência Federal de Agricultura do MT, ao Instituto de Defesa Agropecuária do Mato Grosso, (Indea) e a representantes da cadeia produtiva. Reunião para tratar do assunto foi realizada, nesta quinta-feira (16), na Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), quando foi decidido constituir grupo para formular instrução normativa que regulamentará a compartimentação.
A compartimentação pode ser aplicada a qualquer espécie animal e já começou a ser utilizada pela avicultura do Brasil, para proteção contra a Influenza Aviária e Doença de New Castle. O sistema consiste no controle total do risco sanitário, em todos os estágios da produção, desde o material genético, ração, cama aviária (forração com lascas de madeira sobre o piso das granjas, a fim de impedir o contato com água e dejetos), entre outros.
A compartimentação elimina a questão geográfica, pois cada granja é um compartimento livre de determinada enfermidade, e, em caso de surto de doença em um estado ou região, facilita a manutenção da exportação e o comércio interno. Também possibilita a negociação de mercados mais exigentes em relação à condição sanitária livre de febre aftosa sem vacinação.
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