Veja dicas de como combater a praga do morango ‘Drosophila suzukii’

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Foto: Régis Sivori

O morangueiro é um dos hospedeiros da Drosophila suzukii, uma mosca originária do Japão capaz de perfurar frutos sadios ainda em desenvolvimento nas plantas, podendo ainda transmitir patógenos que depreciam a produção. Devido a presença do inseto, podem ocorrer perdas que variam de 30 a 80% da produção. Os frutos infestados ficam imprestáveis para a comercialização e o consumo.

A  Drosophila suzukii é uma mosquinha pequena, medindo de 2 a 3 mm de comprimento, que ataca os principais frutos de  pele fina. As fêmeas adultas perfuram a superfície da fruta e depositam ovos cujas larvas se alimentam da polpa das frutas. A fruta infestada colapsa alguns dias após a postura.

A temperatura propícia para desenvolvimento da suzukii é de 20 a 25ºC com atividades de oviposição no fim do dia, à noite e nas primeiras horas da manhã. As temperaturas mais amenas favorecem seu desenvolvimento, enquanto que as temperaturas mais elevadas inibem. A espécie se reproduz o ano todo com temperaturas favoráveis completando o ciclo de ovo a adulto em aproximadamente 11 dias.

Confira algumas orientações para o controle da D. suzukii, repassadas pelo pesquisador Régis Sivori Silva dos Santos:

Controle cultural

  • É a primeira linha de defesa contra a suzukii nos agroecossistemas de frutas hospedeiras da praga.
  • Cultivo sob tela ou plástico (cultivo protegido) ajuda a impedir a dispersão da praga para o interior da área de cultivo.
  • Evitar o aparecimento de danos que gerem aberturas na casca dos frutos, seja pelo manejo correto da irrigação (evitar rachaduras), ou por cuidados no manuseio de equipamentos e tratos culturais no cultivo (danos mecânicos).
  • Intensificar a colheita não deixando frutos maduros nas plantas, nem caídos ao solo.
  • Coletar e eliminar frutos imprestáveis dos pomares.
    Em caso de descarte em composteira, realizar tratamento térmico no resíduo (por congelamento ou solarização) antes do descarte.

Controle físico

  • A temperatura é fator chave no desenvolvimento da praga.
  • Temperaturas acima de 30 0C não há eclosão e desenvolvimento larval de D. suzukii.
  • Há menor incidência da praga em cultivos protegidos, onde a temperatura é mais elevada.

Controle mecânico

  • Uso de 25 armadilhas por estufa, iscadas com 500 ml de atrativo a base de fermento biológico ((20g), açúcar cristal (50g) e água (1 litro) por seis dias.
  • O atrativo da armadilha deve ser substituído a intervalos de duas semanas, eliminando o material coletado.

Controle químico

  • As aplicações de agrotóxicos são realizadas nos períodos em que a fruta hospedeira é susceptível ao ataque da suzukii (em processo de maturação) e nos períodos em que os adultos da praga estão mais ativos no pomar ou seja, principalmente durante a noite e pela manhã, quando as temperaturas são mais amenas (em torno de 20°C).
  • Para o controle químico, os principais inseticidas empregados são as espinosinas  e os piretróides.
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