Desafios das viroses, práticas de manejo e legislação foram temas em destaque
Pinheiros, município referência na cultura do mamão no Brasil, que concentra grandes produtores e compradores, além de vários packing house – local onde a fruta é recebida e processada antes da distribuição ao mercado, sediou o Seminário Viroses do Mamoeiro. Na pauta, os desafios das viroses nos plantios, conscientização sobre práticas de manejo, medidas preventivas, legislação e atuação dos órgãos de defesa agropecuária.
O encontro, organizado pela Associação de Produtores de Mamão do Brasil (ASSPROMAMAO) e Embrapa Mandioca e Fruticultura, contou com a participação de produtores, técnicos e estudantes da região, com o propósito de fomentar a produção com plantas saudáveis, impulsionando a agricultura sustentável e contribuindo para o fortalecimento da produção agrícola.
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Conhecido popularmente por mosaico do mamoeiro, o vírus da mancha anelar, além da meleira e do amarelo letal, foram destaques durante as palestras. As doenças apresentam grandes entraves no quesito produção para o setor, devido à dificuldade de controle e a necessidade de migração do produtor para outras áreas.
O vice-presidente da Associação Agricultura Forte e tesoureiro da ASSPROMAMAO, João Luiz Bayer, pontuou iniciativas necessárias e urgentes, tanto por parte do produtor, quanto do setor público para que os gargalos decorrentes das viroses do mamoeiro, dos vetores, das plantas hospedeiras e as formas de transmissão que têm acometido os plantios sejam controlados.
“É necessário que os produtores façam o controle com o roguing das plantas logo no início, erradicando plantas infectadas nas áreas urbanas. Competem aos institutos de pesquisas fomentar informações sobre os vetores, plantas daninhas e culturas que são hospedeiras do pulgão, além de identificar se existem outros insetos vetores e suas formas de transmissão”, disse membro da ASSPROMMAO.
Na ocasião, foram homenageados oito produtores pioneiros na cultura do mamão: Adilson Zanoni; Família Crema; Clovis Giacomin; Família Covre; Família Orletti; Benedito Soares; Alcides JTA; Orlando Kaká (Bello fruit).
Redação Campo Vivo | Valda Ravani
2 Comentários
A Cultura do Mamão é extremamente sensível às interações do clima. Temperaturas altas e frias; ventos intensos; seca e/ou excesso de precipitação, associadas às “Doenças de Vírus”, se tornam problemas que precisam de projetos com Linhas de Pesquisas, envolvendo no sistema de cultivo, práticas agrícolas que visem a cobertura do solo, com vegetação para amenizar essas interações…
*Vírus* do mamoeiro, disseminação nas plantações capixabas… Há necessidade de avançar com as Pesquisas sobre Barreiras de Vento… É preciso evitar ou atenuar a *interação* dos ventos da região nos plantios. ___Nas situações de relevo plano ou ligeiramente ondulado, com os plantios em _solos desnudos_ “cobertos com manta de poeira solta” (plantas empoeiradas _ são pratos cheios para incidência e prevalência dos ácaros do mamoeiro), expostos a ação dos ventos intensos e constantes, que em determinadas épocas do ano atingem velocidades acima de 17 Km/ hora, é impossível manter um bom “nível” de eficiência do Roguing, como estratégia de controle das viroses do mamoeiro…