Olam abre centro de inovação de cacau na Bahia

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olam-bahiaUm ano após assumir uma fábrica de processamento de cacau em Ilhéus, a Olam International, sediada em Cingapura, aposta agora no desenvolvimento de matéria-prima e de produtos de qualidade sob demanda para consolidar sua presença no segmento no país.

A companhia inaugurou ontem um centro de desenvolvimento de produtos de cacau, também em Ilhéus, para atender as diferentes demandas de seus clientes. A unidade recebeu um investimento de R$ 2 milhões e deve desenvolver derivados como pastas, manteigas e pós de cacau com características de composição que atendam demandas específicas da indústria de bebidas, sorvetes ou de chocolate, por exemplo, disse Gerard Manley, CEO da Olam Cacau.

Segundo Manley, esse desenvolvimento deve ampliar tanto os produtos do portfolio da Olam produzidos na planta de Ilhéus como a base de clientes da companhia dentro e fora do país.

Esse é o sexto centro de inovação da companhia asiática no mundo voltado a derivados de cacau. “Na fábrica Joanes [de Ilhéus], queremos trabalhar junto com os clientes para desenvolver novos produtos, como já experimentamos ao redor do mundo”, disse.

A equipe de cientistas já desenvolveu no centro baiano um pó de cacau sem sódio, que atende a uma demanda que não é só da indústria, mas também de consumidores, de redução dos níveis de sódio em alimentos processados.

Para garantir a qualidade de seus derivados de cacau, que serão produzidos sob demanda, a Olam também lançou em paralelo um programa de incentivo à melhora da qualidade das amêndoas que saem das lavouras.

O plano da Olam é oferecer treinamento agrícola para os produtores no cultivo, na colheita e no pós-colheita para garantir uma oferta melhor e em maior quantidade para sua fábrica, afirmou Manley. No primeiro ano, a meta é atender 200 produtores.

Atualmente, a Olam recebe cerca de 35 mil toneladas de amêndoa de mil produtores, parte dos quais está organizada em cooperativas, e que estão distribuídos nos municípios baianos de Ilhéus, Itabuna, Gandu, Eunápolis e Ipiaú, além de Altamira, no Pará.

O reforço em qualidade tanto na área agrícola como industrial pretende consolidar a posição da Olam na moagem de cacau Brasil. “É natural para nós aumentar o processamento que fazemos [no país], mas antes queremos ser eficientes”, afirmou Manley.

Ao assumir a fábrica de Ilhéus da ADM, a Olam começou no Brasil já como a terceira maior produtora e exportadora de derivados do cacau. A planta possui capacidade de moer até 50 mil toneladas de amêndoa ao ano, ou 18% de toda a capacidade instalada no Brasil.

Mercado do Cacau

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