Após sessão que terminou na última madrugada, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 10, em primeiro turno, a reforma da Previdência. Os deputados discutem agora os destaques ao texto. Foram 379 votos em favor do texto-base da reforma e 131 contrários. O último levantamento realizado pelo jornal Estado de São Paulo apontava que o governo teria 314 votos favoráveis.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a votação final do projeto na Casa deve ser realizada até sexta-feira (12). Caso aconteça uma nova aprovação, o texto seguirá para o Senado Federal.
Por se tratar de um PEC, o texto, que precisava do apoio de 308 deputados para continuar em tramitação, segue na Câmara até que seja aprovado em segundo turno.
Antes de encerrar a votação, Maia disse que o momento é histórico e afirmou ter se questionado muitas vezes se sua posição a favor da reforma era a mais adequada. “A cada discurso que eu ouço tenho mais convicção de que a decisão de reformar o Estado brasileiro é a mais correta”, comentou ele.
De acordo com Maia, a reforma da Previdência surge para “reduzir as desigualdades do Brasil” e garantiu que o projeto a ser votado não é o que mais o agrada. “No meu texto não teríamos regra de transição”, avaliou o presidente da Câmara, que ainda disse ter “muito orgulho de presidir a Câmara” e ter uma relação de confiança com as líderanças de todos os partidos.
Mais cedo, os deputados rejeitaram destaques apresentados individualmente que tentavam retirar o texto da pauta. Durante todo o andamento de discussão das propostas, a oposição optou pela obstrução à matéria sob o argumento de que as regras apresentadas pela PEC são rígidas demais, principalmente para os trabalhadores de baixa renda.
Agência Estado e R7
