Pecuária vai bem e gera mais renda pelo país neste ano

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O aumento de receitas, porém, em alguns segmentos é acompanhado de alta dos custos. O desempenho da pecuária (englobando bovinos, suínos, frangos, leite e ovos) compensa, em algumas regiões, a perda de receitas das lavouras.

É o que mostra o VBP (Valor Bruto da Produção) do Ministério da Agricultura, divulgado nesta quarta-feira (16).

O melhor desempenho das proteínas vem da avicultura. A conjugação da produção com os preços internos e externos deverá elevar as receitas do setor para R$ 63 bilhões, 13% mais do que em 2018.

A região Norte é uma das mais beneficiadas por essa expansão. Os dados do Ministério da Agricultura apontam evolução de 20% no valor de produção deste ano na região, em relação ao anterior. O Nordeste também tem boa evolução na avicultura, mas com taxa de crescimento menor: mais 11%. O Sul, uma das regiões já consolidadas neste setor, terá a menor taxa de crescimento nas receitas: mais 9%.

A suinocultura, que passa por um bom momento no mercado externo, devido à intensa demanda chinesa, poderá render R$ 16 bilhões para os produtores neste ano, 10% mais do que em 2018, segundo dados do VBP.

Os preços dos suínos estiveram em alta no primeiro semestre, recuaram no início do segundo, mas voltaram a ganhar força em setembro e outubro.

A bovinocultura tem crescimento em todas as regiões do país, e o valor de produção deverá somar R$ 83 bilhões, com alta de 4% no ano. Essa boa evolução vem dos preços. Negociada a R$ 149 em outubro de 2018, a arroba do boi gordo está em R$ 161 neste mês, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Já as receitas dos produtores de leite, um produto praticamente destinado ao mercado interno, deverão cair 2% neste ano, para R$ 33 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura.

Em alta até o final do primeiro semestre, os preços do leite estão em queda neste segundo.

O VBP total do país deverá chegar a R$ 606 bilhões em 2019. As lavouras somarão R$ 398 bilhões e a pecuária poderá atingir R$ 208 bilhões.

Folha de São Paulo

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