FAO mostra que preço dos alimentos segue em lenta, mas firme, recuperação

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Em se tratando de preços, todo produtor sabe que as baixas são rápidas e intensas, enquanto as altas são, além de insignificantes, demoradas. E isso é comprovado pelo Índice de Preços dos Alimentos da FAO dos últimos 13 meses.

Veja-se o caso específico das carnes. Nesses 13 meses seu pico de preços ocorreu no mês de julho de 2015. Então, o índice apontado para a média das carnes correspondia a 172,7 pontos (2002/2004 = 100), resultado que, seis meses depois, apresentou redução de, praticamente, 16%.

Feitas as contas, esse índice de redução corresponde a uma perda mensal média próxima de 3%. Já a alta de preços que vem sendo observada e que foi iniciada em janeiro, corresponde a um índice mensal não muito maior que 1%. Ou seja: enquanto as perdas ocorrem a passo de lebre, a recuperação vem a passo de tartaruga.

De toda forma, o que vem sendo registrado nos últimos meses aponta que, embora lenta, a recuperação ocorre de forma consistente. Assim, o FPPI (sigla, em inglês, do Índice Geral de Preços dos Alimentos) alcança agora valor 4,3% superior ao de janeiro, resultado não muito diferente daquele registrado pelas carnes, que se valorizaram 4,5%.

O que surpreende (ao menos para os brasileiros) é que os cereais – aí inclusos milho, soja e seus derivados – aumentaram desde janeiro apenas 2%. E surpreende porque, por aqui, de janeiro até maio o aumento do milho foi mais de dez vezes superior ao índice apontado pela FAO.

Mas, retornando aos preços e analisando, especificamente, o comportamento das carnes, a FAO observa que todas obtiveram alguma valorização de abril para maio. E, aqui, a evolução mais significativa alcançou as carnes suína, bovina e ovina. A suína, devido a uma combinação, na União Europeia, de melhores preços internos e firme demanda por parte de países asiáticos. A bovina e a suína devido a uma menor oferta pelos países da Oceania. Ou seja: o crescimento de preço mais moderado foi o da carne de frango.

 

 

Avisite

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