China endurece Guerra Comercial com os EUA

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O Ministério das Finanças da China anunciou nesta segunda-feira (13.05) que vai impor taxas adicionais sobre US$ 60 bilhões em produtos norte-americanos a partir de 1º de junho de 2019. A medida é uma clara e direta retaliação diante das tarifas impostas ao gigante asiático pelos Estados Unidos na semana passada – agravando fortemente a chamada “Guerra Comercial”.

Os EUA haviam elevado as tarifas em vigor sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses. Já os chineses anunciaram que nada menos que 5.140 produtos norte-americanos serão taxados, sendo uma nova tarifa de 25% cobrada sobre 2.493 produtos e outra tarifa de 20% será cobrada sobre outros 1.078 produtos.

“O ajuste da China nas tarifas adicionais é uma resposta ao unilateralismo e ao protecionismo dos Estados Unidos. A China espera que os EUA voltem ao caminho certo do comércio bilateral e das consultas econômicas e se encontrem com a China com um meio-termo”, justificou o Ministério das Finanças da China.

Através do Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, “aconselhou” a China a não fazer mais retaliações, alegando que uma escalada da Guerra Comercial só vai vai recrudescer o ambiente comercial: “A China se aproveitou dos Estados Unidos por tantos anos que está muito à frente (nossos presidentes não fizeram o trabalho.) Portanto, a China não deve retaliar, isso só vai piorar as coisas!”.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse em entrevista à imprensa que seu país não vai se render a pressões: “Dissemos muitas vezes que acrescentar tarifas não vai resolver qualquer problema. A China nunca vai se render à pressão externa. Temos a confiança e a capacidade de proteger nossos direitos legítimos e legais”.

“Em princípio, o preço da soja no Brasil não vai cair tanto quanto o da soja norte-americana, porque a disputa EUA/China eleva os prêmios e o Dólar no Brasil. Mas, por enquanto nada indica que os preços irão explodir, como no ano passado, porque a demanda chinesa está menor com o abate de 66% do seu rebanho suíno. E, para o segundo semestre, se a reforma da Previdência passar no Brasil, o Dólar cai um pouco no Brasil também. Outro fator negativo para a alta dos preços é o grande aumento da disponibilidade de soja no mundo”, comenta o analista de mercado Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.

Agrolink

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