Associação das cooperativas diz que IOF elevará custo de juros, mas rumo dos juros depende da queda da Selic

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sicoob g1O pacote de medidas para cobrir o rombo fiscal anunciado nesta quarta-feira (29) pelo governo inclui um custo adicional às cooperativas de crédito. Antes isentas, as operações financeiras das cooperativas terão a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa medida trouxe questionamentos sobre o rumo dos juros dessas instituições, normalmente mais baixos do que os bancos.

A cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada por um grupo de pessoas sem fins lucrativos. Com estrutura menor, as cooperativas costumam ser mais procuradas por pequenos empresários, produtores rurais e demais clientes com certa dificuldade de acesso ao crédito.

Marcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) admite que os custos serão maiores, mas diz que as taxas ao consumidor vão depender do ritmo de queda da Selic, a taxa básica de juros brasileira. Ele ressalta, no entanto, que o juro da cooperativa sempre será menor do que o dos bancos. A alíquota do IOF será de 0,38% e será cobrado a partir de 3 de abril, segundo o decreto presidencial publicado no “Diário Oficial da União” na quinta-feira (30).

“Sem nenhuma dúvida, uma mudança (no IOF) vai acabar aumentando o custo da operação de crédito. Mas temos também outra curva que é a descendência da Selic”, diz. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 12,25% ao ano, após 4 quedas consecutivas promovidas pelo Banco Central.

“A cooperativa não deve aumentar os juros porque eles estão em queda. Mas, provavelmente, vai acabar reduzindo menos do que poderia fazer se a medida não fosse adotada”, acrescenta Vanildo Leoni, diretor executivo da Viacredi.

G1

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