Tereza Cristina e Paulo Guedes se reúnem para acertar detalhes dos valores que devem ser liberados para os produtores rurais
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, se reúne nesta semana com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para reforçar que sejam definidos os números do Plano Safra 21/22. A ministra já havia solicitado ao Tesouro Nacional, setor subordinado ao ministro Guedes, R$ 15 bilhões para equalização da taxa de juros. Em meio a um cenário de aumento de custos financeiros e aperto nas contas públicas, os próprios técnicos da pasta da Agricultura admitem que essa cifra dificilmente será concedida.
O montante solicitado pela ministra, de acordo com o diretor de financiamento do ministério, Wilson Vaz de Araújo, seria necessário para que a pasta apenas repetisse a oferta de crédito rural da safra 20/21 no próximo ciclo 21/22.
A primeira intenção dos técnicos da Economia de realizar uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta semana já foi adiada. Tesouro Nacional, Banco Central e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional seguem sendo consultados sobre a construção do plano safra 21/22.
A nova expectativa é de que o CMN se reúna para analisar o tema no próximo dia 17 de junho. A expectativa é que o próximo Plano Safra seria lançado na penúltima semana do mês, iniciada na segunda-feira, dia 21.No entanto, há um outro ponto em jogo: o PLN 4, que recompôs o orçamento das subvenções econômicas do agro e foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 1º de junho e que ainda não foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Sem a sanção, as verbas para equalização de juros seguem travadas e a reunião do Conselho Monetário Nacional não deve acontecer. O texto da nova lei está parado no Congresso e precisa ser assinado pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, para então ser encaminhado à sanção presidencial.
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