Quebra no conilon: Mesmo com alta no preço há dúvida se receita vale a pena

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Foto: Ricardo Medeiros / A Gazeta

Foto: Ricardo Medeiros / A Gazeta

“Ninguém jamais imaginaria que o café conilon chegasse a 500 reais. Agora já ultrapassou”, reflete João Galimberti, gerente de mercado da Coopeavi, a Cooperativa Agropecuária Centro Serrana. O movimento do conilon, o café robusta cultivado no Brasil, impressionou analistas nas últimas semanas. Contudo, para os produtores, as perceptivas ainda não são tão animadoras.

Segundo Galimberti, a recente seca de 2015 e 2016 não se encaixa em nada visto em outra época do conilon no Estado do Espírito Santo. “Não podemos comparar. Alguns falam que há 50 anos que não se via uma escassez desta proporção no estado. Vínhamos com uma produção em torno de 9 milhões de sacas em 2015 e, agora, vamos a 5 milhões. Uma coisa absurda”. Os dados mais recentes da Conab apontam para uma produção capixaba de café conilon estimada em 5,38 milhões de sacas, um decréscimo de 30,67% em relação à safra 2015.

A queda vertiginosa, foi apontada também durante a Pesquisa CaféPoint Colheita Cafeeira Safra 2016. Os dados, informados pelos próprios cafeicultores, mostram que 57% deles veem quebra de até 80% em suas lavouras nesta safra.

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