Mês de julho fechou com recuo de 7% nas cotações do arábica

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Uma análise do mercado cafeeiro, elaborada pela Equipe Café CEPEA/ESALQ, aponta queda acentuada no mês de julho das cotações domésticas do café arábica. Entre 28 de junho e 31 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 bebida dura para melhor recuou R$ 31,38 por saca (-7,3%). A pressão vem da queda nos valores externos da variedade, após a forte recuperação em junho, e da desvalorização do dólar frente ao Real em alguns dias.

Já o mercado internacional foi influenciado pela redução nas preocupações de traders e de agentes de mercado em relação à geada ocorrida na primeira semana de julho no Brasil, as primeiras estimativas mostraram apenas pequeno prejuízo nas principais praças cafeeiras.

Para os próximos meses, o comportamento dos preços irá depender do clima no Brasil, uma vez que o setor deve voltar sua atenção para o desenvolvimento da safra 2020/2021. Com a colheita da temporada 2019/2020 sendo finalizada na maior parte das regiões, os produtores já se atentam à formação das flores da próxima safra. Algumas flores pontuais foram observadas em poucas lavouras, especialmente em São Paulo.

Caso haja uma boa floração nos próximos meses e o clima seja favorável para o desenvolvimento da próxima safra, que será de bienalidade positiva, a tendência é de que as cotações sigam enfraquecidas.

Já o canéfora também apresentou um recuo de 6,6% no tipo 6 peneira 13 e o tipo 7/8 caiu 7,5%.  Para os próximos meses, além do desenvolvimento da safra 2020/2021 no Brasil, os preços também serão influenciados pela colheita da temporada 2019/2020 no Vietnã, que geralmente se inicia em outubro. Segundo relatório divulgado em junho pelo USDA, o país asiático deverá colher 30,5 milhões de sacas de café neste ano, cenário que pode pressionar as cotações internacionais para a variedade.

Cepea e Agência Estado

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