IBGE eleva previsão de safra de café do Brasil em 2019, com ajuste no arábica

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O Brasil deverá produzir 53,9 milhões de sacas de 60 kg de café em 2019, estimou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ajustou em cerca de 1 por cento a sua estimativa ante a previsão divulgada em março, citando uma maior colheita do arábica.

A produção total do maior produtor e exportador de café neste ano, período de baixa no ciclo bianual do arábica, cairá 10 por cento na comparação com 2018, quando o Brasil teve uma colheita recorde acima de 60 milhões de sacas. “Apesar da queda, essa é uma boa produção para ano de bienalidade negativa para o café arábica”, comentou o IBGE em nota. Outro órgão do governo, a Conab, estimou em janeiro a produção de café do Brasil em recorde para anos de bienalidade negativa, com um volume entre 50,48 milhões e 54,48 milhões de sacas.

Com relação ao café arábica, a produção foi estimada pelo IBGE em 38,7 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,3 por cento em relação ao mês anterior.

Frente a 2018, a produção do café arábica deverá cair 13,8 por cento, em decorrência da redução de 15,4 por cento na produtividade média. “Em março, São Paulo (segundo produtor de arábica do país atrás de Minas Gerais) elevou sua estimativa de produção em 9,5 por cento… participando com 12,8 por cento do total a ser colhido”, afirmou o IBGE, citando safra paulista de 5 milhões de sacas.

Já a produção mineira deve alcançar 27,3 milhões de sacas, com Minas Gerais registrando participação de 70,6 por cento do total a ser produzido, segundo o IBGE.

A safra brasileira de café robusta (conilon) foi estimada em 15,2 milhões de sacas de 60 kg, sem variação em relação ao mês anterior. Contudo, em relação a 2018, será 1,6 por cento maior, com a produção do Espírito Santo prevista em 10,1 milhões de sacas de 60 kg —o Estado é responsável por 66,4 por cento da produção nacional dessa variedade.

A estimativa das produções de Rondônia e Bahia foram de 2,4 e 2,2 milhões de sacas de 60 kg, respectivamente. Juntos, esses Estados, incluindo o Espírito Santo, devem responder por 96,3 da produção brasileira de café conilon em 2019.

Vale ressaltar a melhoria da qualidade do café produzido pelo Brasil, fruto dos esforços dos produtores, cada vez mais conscientes da necessidade da agregação de valor à sua produção. Os produtores estão apreensivos com os preços do produto que, em função da grande oferta no mercado, têm registrado valores abaixo do necessário para cumprir com os compromissos assumidos com as lavouras.

O IBGE lembrou que os produtores estão apreensivos com os preços do produto, oscilando perto de mínimas de 13 anos na bolsa de Nova York, em função da grande oferta no mercado, após a safra recorde do Brasil.

Agrolink

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