A comercialização da safra de café do Brasil 2018/19 (julho/junho) chegou a 86% até o dia 13 de maio. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. No último mês, a comercialização avançou em quatro pontos percentuais.
As vendas estão atrasadas em relação ao ano passado, quando 90% da safra 2017/18 estava comercializada até então. A comercialização está também abaixo da média dos últimos 5 anos, que é de 91% para esta época.
Com isso, já foram comercializadas 55,05 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2018/19 de café brasileira de 64,1 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, as vendas de café do Brasil seguem em ritmo compassado. “Os preços fracos e a demanda mais curta continuam impactando o andamento da comercialização no disponível. A produção recorde colhida no ano passado também dificulta o avanço percentual das vendas”, avalia Barabach.
Para Barabach, “o interessante é que esse volume recorde explica tanto a performance na exportação como os armazéns cheios para o período do ano”.
E gera uma situação peculiar, onde a demanda externa está bem comprada da origem Brasil e ainda há sobra de café nos armazéns por aqui. “Sem falar na safra brasileira de 2019, que já é uma realidade”, comenta.
As vendas de arábica alcançam 84% da safra. O percentual comercializado continua bem abaixo de igual época do ano passado (90%) e também aquém da média para o período (91%). “O preço das bebidas melhores avança abaixo da referência vendedora de R$ 400,00 a saca, reforçando o cenário baixista, que se agrava com a chegada de café da safra nova ao mercado”, diz Barabach.
Já as vendas de conilon alcançam 91% da safra, abaixo de igual época do ano passado (92%) e também da média de 5 anos (93%). “A colheita de conilon da safra 2019/20 ganha força e o interesse comercial se volta para o café novo, o que prejudica os negócios no disponível”, afirma o consultor.
Safras & Mercado