Canadá investe na expansão de café no Brasil

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O Conselho de Investimentos da Previdência do Setor Público(PSP) do Canadá, que atua em mais de cem países pelo mundo, resolveu comprar uma participação minoritária no Grupo Montesanto Tavares (GMT), holding brasileira que atua desde a origem até a venda de blends no exterior -grãos de alta qualidade da empresa são vendidos para redes como a Starbucks.

Como parte do acordo, o fundo injetou R$ 1,5 bilhão, quantia que já começou a ser usada no pagamento de dívida bancária e aumento do capital de giro da empresa.
A GMT controla os exportadores Atlantica Coffee,Cafebras e a importadora Ally Coffee, que opera nos EUA, e na Europa. Cerca de 40% da produção da GMT é dedicada aos grãos de alta qualidade, aposta de consumo do grupo.

Graças à injeção de capital, o Grupo Montesanto Tavares planeja quintuplicar a produção anual para 500.000 sacas nos próximos 10 anos, informou à Bloomberg o sócio da companhia, Rogerio Schiavo. As cinco fazendas estão localizadas em regiões montanhosas de Minas Gerais e Bahia.

A PSP, que investe recursos para os planos de previdência do serviço público canadense, Forças Armadas e Real Polícia Montada do Canadá, tinha US$ 118 bilhões (R$ 487 bilhões) em ativos líquidos no final de março.

Café em alta, preço em baixa
Os preços da commodity estão em seus níveis mais baixos em mais de uma década devido à queda da moeda brasileira e ao excesso de oferta de grãos.

Aspectos como boas condições climáticas, avanço da tecnologia no setor e a bienalidade positiva do café arábica fizeram a safra de 2018 no Brasil chegar ao recorde de 59,9 milhões de sacas de 60 kg, conforme dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta terça-feira, (18).

Há uma expectativa sobre como será o quadro econômico após a eleição, já que os preços podem atingir mínimas permitidas pela lei se o mercado cambial mudar de direção. Se isso ocorrer mesmo, seria necessário um programa de subsídio do governo, que pagaria aos produtores a diferença entre o preço do mercado e os preços mínimos, ressaltou nesta segunda-feira o secretário-adjunto de Política Agrícola, Savio Rafael Pereira em entrevista à Reuters.

Folhapress

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