Café: OIC prevê déficit de oferta mundial de 500 mil sacas de café em 2019/2020

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A Organização Internacional do Café (ICO, na sigla em inglês) apresentou hoje sua estimativa para o cenário internacional da commodity na safra de 2019/2020. De acordo com a entidade, que tem sede em Londres, haverá um déficit de 500 mil sacas no período, com a expectativa de diminuição da produção de arábica no Brasil por causa da bienalidade negativa.

Pelos cálculos da entidade, a oferta mundial de café cairá 0,9% em relação ao ciclo anterior, para 167,4 milhões de sacas, com um declínio de 2,7% na produção de arábica, para 95,68 milhões de sacas, enquanto a produção de robusta deverá aumentar 1,5%, para 71,72 milhões de sacas.

A produção da América do Sul, conforme o relatório mensal da instituição, deve cair 3,2%, para 78,08 milhões de sacas. A previsão é a de que o abastecimento pela Ásia e Oceania cresça 1,9%, para 49,58 milhões de sacas, por causa em grande parte da recuperação da produção da Indonésia, enquanto o Vietnã deverá permanecer estável. Na América Central e México, a expectativa é de um aumento de 0,9%, para 21,54 milhões de sacas, enquanto a produção da África é estimada em 0,6%, para 18,2 milhões de sacas.

A OIC também projeta uma redução da demanda global, mas em um ritmo mais lento, fazendo com que ocorra o déficit. “É provável que o crescimento do consumo mundial de café diminua em 2019/20, em linha com o crescimento mais lento esperado para a economia global”, comparou a entidade. Na última década, a compra mundial de café apresentou taxa média anual de expansão de 2,1%, mas para 2019/20 a projeção é de um aumento de 1,5%, para 167,9 milhões de sacas.

O relatório ressalta que em 2019/20, a demanda na Ásia e Oceania deverá crescer 3%, para 37,84 milhões de sacas, e na América do Norte, 1,7%, para 30,97 milhões de sacas. A Organização estima, ainda, que a demanda africana de café cresça 1,8%, para 11,94 milhões de sacas, e a da América Central e do México em 1,4%, para 5,47 milhões de sacas. Para a Europa, a projeção é de elevação de 1,2%, para 54,54 milhões de sacas. No entanto, a estimativa é a de que o consumo na América do Sul permaneça estável em 27,14 milhões de sacas no período.

CNC

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