O novo presidente da Federação de Cafeicultores do distrito de Pichanaki, no Peru, Alfredo Torres Cano, denunciou que os cafezais presumidamente renovados com sementes resistentes à ferrugem foram atacados e estão morrendo por causa dessa praga.
Representando 4 mil agricultores, Torres propôs novas negociações ao mais alto nível para salvar o café da Selva Central.
Segundo ele, até o momento, a ferrugem chegou a centenas de hectares de cafezais que se “renovaram” na aplicação do “Plano de Renovação dos Cafezais”, na Selva Central. O plano considerava o uso de sementes de boa qualidade e de variedades resistentes e/ou tolerantes à ferrugem amarela, devidamente registrados pelo Instituto Nacional de Inovação Agrária (INIA). No entanto, nada disso se cumpriu. Por isso, começa-se a viver uma nova crise do café.
Torres deixou claro que não respalda a greve de cafeicultores que vem sendo convocada para 7 de novembro, rechaçou essa medida de força e descartou que Pichanaki acatará essa medida. Ao contrário, ele fez um chamado para que as diversas organizações de cafeicultores renovem suas diretorias e, junto com as autoridades da Selva Central, promovam o diálogo com o Governo Central, elevando plataformas técnicas.
Ele disse também que a seleção do pessoal técnico dedicado a implementar o plano em diversas zonas da Selva Central foram colocados a dedo, sem contar com o perfil profissional que exigiam.
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