Analista destaca que produtores devem acompanhar oscilações do mercado

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Segundo Eduardo Carvalhaes, os preços na Bolsa de Nova York não refletem a atual realidade do Brasil como maior produtor de café do mundo

Foto: Divulgação

A última terça-feira (14) encerrou com desvalorização nas cotações do café arábica nos principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Dezembro/2021 tinha queda de 135 pontos, valendo 185,45 cents/lbp; março/2022 teve queda de 135 pontos, cotado a 188,20 cents/lbp; e maio/2022 teve baixa de 130 pontos, valendo 189,35 cents/lbp.

Segundo o analista Eduardo Carvalhaes, os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US) não refletem a atual realidade do Brasil como maior produtor de café do mundo. Ainda na terça-feira, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou que os embarques de agosto registraram queda de 25,2% em comparação com o mesmo período no ano passado e, ainda assim, as cotações finalizaram com desvalorização.

O cenário segue sendo de preços firmes para o café, considerando, principalmente, as condições do parque cafeeiro no Brasil, que sofre com secas e geadas, e já tem dado como certo a redução na produção do ano que vem, que na teoria voltaria a ser de ciclo alto para o país.

O setor cafeeiro aguarda pelo retorno das chuvas no início do mês que vem. Eduardo Carvalhaes destaca ainda que os problemas logísticos devem seguir impactando diretamente nas cotações. Com muitas variáveis e problemas no longo prazo, o analista afirma que apesar dos fundamentos sólidos, produtores e exportadores devem continuar observando esse cenário de incerteza para o mercado até, pelo menos, o final deste ano.

Na Bolsa de Londres, o canéfora encerrou com estabilidade. Novembro/2021 teve alta de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2063; janeiro/2022 teve valorização de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 2047; março/2021 subiu US$ 1 por tonelada, valendo US$ 1994; e maio/2022 encerrou valendo US$ 1973, sem variações.

De acordo com análise do site internacional Barchart, a falta de contêineres para embarcar o café do Vietnã prejudicará as exportações no futuro próximo e os preços aumentam. Além disso, as infecções por covid-19 no Vietnã levou o primeiro-ministro a aumentar as restrições à pandemia e enviar soldados para as ruas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas para impor restrições à pandemia que exigem que as pessoas não saiam de casa.

Já na manhã desta quarta-feira (15), o mercado futuro do café arábica voltou a subir. Esse é o primeiro pregão na semana que o café abre com valorização no mercado futuro. No Brasil, com as baixas em Nova York, o cenário tem sido de calmaria no mercado físico.

Por volta das 08h27 (horário de Brasília), dezembro/2021 tinha alta de 140 pontos, negociado por 186,85 cents/lbp; março/2022 tinha alta de 130 pontos, cotado a 189,50 cents/lbp; maio/2022 tinha alta de 125 pontos, valendo 190,60 cents/lbp; e julho/2022 tinha alta de 115 pontos, valendo 191,30 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o canéfora também opera com valorização. Novembro/2021 tinha alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2076; janeiro/2022 tinha alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2060; março/2022 tinha alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2004; e maio/2022 tinha valorização de US$ 11 por tonelada, cotado a US$ 1984.

Café Point / Notícias Agrícolas

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