Desafios da avicultura em debate durante oficina do Pedeag 3

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Avicultores da região Serrana do Estado discutiram os desafios e as oportunidades do setor para os próximos anos, durante mais uma oficina de Pedeag 3, desta vez realizada na Câmara Municipal de Santa Maria de Jetibá: o segundo maior município produtor de ovos do Brasil. O diálogo foi realizado nesta sexta-feira (18), com um público de mais de 60 pessoas entre produtores rurais, agricultores e representantes das entidades ligadas à esta cadeia produtiva.
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto fez a abertura da oficina contando mais sobre a agricultura capixaba e brasileira e ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável do setor no Espírito Santo. “A agropecuária no século XXI será marcada pela sustentabilidade e constante inovação tecnológica”, lembrou.
O diretor executivo da Associação dos Avicultores e de Suinocultores do Estado do Espírito Santo (Aves) e da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), Nélio Hand, foi o especialista convidado para apresentar um panorama sobre o setor de avicultura, seus obstáculos e metas para os próximos anos.
Durante as apresentações Nélio destacou levantamentos feitos de 2014 para o ano de 2015. “O Estado possui quase 11% da produção de ovos e Santa Maria de Jetibá obtém 93,30% desta produção”.
Segundo Nélio, no Estado são produzidas cerca de 40 mil toneladas de esterco que provém, em grande parte, da avicultura e cerca de 82 mil toneladas de insumos atendem também o setor, além da suinocultura. “Essa atividade gera, de forma direta e indireta, cerca de 22 mil empregos direcionados às famílias que dependem desta cadeia produtiva”, completou.
O especialista ainda lembrou da inclusão de tecnologias que têm atendido aos anseios dos consumidores cada vez mais exigentes. “Atualmente o Estado possui 65% de investimentos em automação, o que têm facilitado as atividades voltadas para a avicultura”.
As principais metas e diretrizes para o crescimento do setor para os próximos 15 anos são: abastecimento; investimento em programas governamentais; ferrovia e cabotagem como opções complementares; armazéns públicos; estruturas rurais; mecanismos de crédito; legislação tributária e sistema de produção integrada.
Hand também falou que os mecanismos do sistema de produção integrada precisam evoluir, com um maior envolvimento dos municípios, fortalecimento dos mecanismos de crédito para o segmento, difusão do mecanismo por meio de palestras e demonstrações, abertura do mercado internacional para a produção e tornar o Estado apto para operar por seus portos.
São metas mobilizadoras para o futuro da cadeia produtiva: modernização e o fortalecimento dos modais produtivos e da produção, fortalecimento das indústrias, busca de novos mercados, investimentos em produtos de qualidade, acertar os setores quanto à sanidade, meio ambiente e bem-estar e buscar de novas alternativas de renda.
Avicultura
A avicultura desempenha um importante papel socioeconômico no Espírito Santo. Atualmente, existem 154 produtores na postura comercial; 44 de frango de corte; 16 de codorna; 09 abatedouros e 03 incubatórios. Ressalta-se que além dos avicultores e empresas quantificadas existem vários serviços terceirizados e parcerias com micro e pequenos produtores rurais.
No caso da produção de frangos de corte, por exemplo, além dos produtores que atuam no Estado existem ainda aqueles que possuem em suas propriedades galpões que são arrendados para a produção. Essas propriedades dependem diretamente da avicultura como fonte de renda ou de complementação junto às demais atividades que exercem.
A produção média mensal é de 753.987 caixas com 30 dúzias de ovos de mesa; 7.510 toneladas de aves abatidas; 3.280.057 cabeças de pintos de corte; 72.824 caixas com 50 dúzias de ovos de codorna; 5.363.167 cabeças de frango vivo e 341.269 cabeças de pintinhos de postura e caipira.
Tatiana Caus

 

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