Balanço da avicultura na primeira quinzena de 2016

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FRANGO VIVO: cotado no interior paulista e no primeiro dia de negócios de 2016 a R$3,00/kg (preço que vinha desde 18 de dezembro de 2015), sofreu duas baixas nos primeiros dias do ano (uma de 10 centavos; outra de 5 centavos) e, assim, permanece cotado a R$2,80/kg desde 8 de janeiro de 2016. Iniciou a segunda quinzena (16, sábado) sem alteração no preço, mas já com o mercado passando de fraco para calmo.

FRANGO ABATIDO: após ligeira alta nos últimos dias de 2015 (típica da menor presença dos fornecedores no mercado), “inaugurou” 2016 com baixa de preço, processo que teve continuidade nas duas primeiras semanas do ano. Encerrou a quinzena com um preço médio quase 8,5% menor que o do último dia de negócios de 2015. O valor médio registrado na data (R$3,45/kg para o frango resfriado negociado no Grande Atacado da cidade de São Paulo) ficou 9,5% acima do registrado um ano atrás, mas se encontra 11% abaixo dos R$3,88/kg de 15 de janeiro de 2013, ocasião em que a principal matéria-prima do frango, o milho, se encontrava bem mais barata que atualmente (a propósito, vide, abaixo, considerações acerca dos preços explosivos do milho).

OVO: nos dias que antecederam o Natal atingiu o maior nível de preços pós-Quaresma de 2015. Mas já em 26 de dezembro entrou em forte processo de baixa, perdendo em apenas 12 dias de negócios mais de 20% do preço anterior. Encerrou a quinzena com os primeiros sinais de reversão do ano e no sábado (16) iniciou a segunda metade de janeiro com fortíssima alta – efeito, sobretudo, de rigoroso descarte das poedeiras mais velhas. Abre a semana alcançando valores entre R$63,00 e R$65,00/caixa (base: atacado CIF da cidade de São Paulo para cargas fechadas do ovo branco extra), recuperando 90% do preço alcançado às vésperas do último Natal (R$70-72/caixa).

MILHO: entrou em 2016 batendo todos os recordes anteriores de preço e permaneceu em franca valorização durante toda a primeira quinzena de janeiro, pois quem continua ditando as condições de mercado são as exportações e o dólar. Nos últimos dias apresentou tênues sinais de estabilização, mas seu preço continua extremamente elevado frente ao momento econômico brasileiro. O valor da saca chega a ultrapassar os R$45,00, o que significa valorização superior a 60% em relação ao que foi registrado um ou dois anos atrás, no final da primeira quinzena de janeiro de 2015 e 2014. Pelo quadro abaixo, que inclui também os preços de idêntico período de 2013 (época em que o milho também esteve dolarizado, devido à quebra da safra norte-americana), ficam mais visíveis as defasagens hoje enfrentadas por frango (vivo e abatido) e ovos.

FARELO DE SOJA: sua matéria-prima já passou pelo mesmo processo hoje experimentado pelo milho. Mantém-se com preços estáveis desde meados de dezembro passado, com leve valorização, situação que tende a permanecer inalterada na segunda quinzena de janeiro.

 

 

Avisite

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