ARTIGO: O café, o barter e a tecnologia a serviço da inovação

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*por Eduardo Bortolini

Foto: Divulgação

O tempo está bom para a prática do barter. Em meados de maio, começa a colheita do café, em especial, no Norte do Espírito Santo, onde o clima é mais quente. Este é o momento em que os produtores começam a demandar insumos e equipamentos para que possam trabalhar com qualidade e eficiência, mantendo, ainda, um olhar especial para com suas obrigações financeiras. Afinal, nem sempre o crédito para agrícola está disponível em condições favoráveis.

A boa previsão fica ainda melhor com a notícia de que o barter ganhou significativa evolução. Esta modalidade comercial, baseada na troca, onde a moeda é o produto e não o dinheiro, passou por uma arrojada transformação digital. O resultado é que já está proporcionando excelentes resultados para produtores e lojistas que aderiram à nova modalidade de negociação. É uma revolução no mercado de café, tão importante para o nosso Estado.

O responsável por esta boa nova é a startup Conta Café, lançada no ano passado. A nova plataforma estruturou todo o processo de barter ajudando produtores rurais e lojistas nas compras e investimentos necessários neste momento tão difícil. Entre outras funções importantes, ela digitalizou todas as suas etapas, trazendo os negócios, até então feitos fisicamente, para dentro da sua plataforma, com segurança e agilidade.

A startup incorporou novos processos e tecnologias ao barter, mas preservou os mesmos objetivos e funcionalidades, que o consolidaram como uma ferramenta essencial para produtores, lojistas e processadores de café. A essência desta transação, o “ganha-ganha”, foi assegurada.

O Conta Café manteve a negociação direta entre produtor e o lojista, com o pagamento pelo material adquirido realizado com sacas de café, na próxima safra, em média, dois anos após a negociação ser feita. Acrescentou modernidade, funcionalidade e segurança na operação de troca.

Além disso, a digitalização do processo, gerou ganho significativo na oficialização da parceria entre produtores e lojistas. Antes, só a parte documental do processo, com trâmites e assinaturas, durava cerca de três meses com idas e vindas de papéis. Hoje tudo acontece em minutos – adeus burocracia.

Com a startup ficou mais fácil para o produtor cumprir com suas obrigações financeiras e garantir que o café seja colhido no melhor momento, garantindo mais qualidade aos grãos e, consequentemente, melhor resultado de venda.

Para os lojistas, a plataforma oferece uma série de funcionalidades que potencializam a sua conexão com o mercado. Isso gera mais valor e segurança para o produtor, sem falar nos preços online, que são atualizados diretamente dos traders compradores.

Para os compradores, o Conta Café, entre outras vantagens, aumentou a capilaridade no mercado e está atraindo novos clientes. Tudo estruturado com um forte caráter documental, abrangendo contrato jurídico e Cédula de Produto Rural (CPR). Tudo gerado automaticamente dentro da plataforma.

Em resumo, com a adoção de novas tecnologias, o barter se revigora e ajuda a cultura do café a seguir robusta, produtiva e tecnológica. Afinal, todos sabemos que a inovação tem se mostrado grande aliada do produtor, gerando benefícios que vão da redução de custos e riscos à produtividade e à competitividade.

Esse movimento deve ser permanente. Mais do que nunca, manter a mente aberta para a inovação do nosso negócio é premissa para a sobrevivência, com crescimento e sucesso.

*Eduardo Bortolini, Sócio-fundador do Conta Café

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