Produção de café e pimenta do reino em Jaguaré teve queda de 70% por causa da seca, diz secretário

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Centro de Jaguaré - por Andréia Saiter

Centro de Jaguaré – por Andréia Saiter

O portal Campo Vivo faz uma série de entrevistas com os secretários de agricultura dos municípios mais importantes para o setor no Espírito Santo. No decorrer dos próximos dias, você acompanha quais são as propostas e os desafios que os novos gestores tem pela frente em seus mandatos.

A entrevista desta quarta-feira (18) é com o Secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Jaguaré, Luciano Laquini.

Confira:

O Espírito Santo é um dos principais estados produtores de café do país. Um dos municípios que mais contribuem pra esse reconhecimento é Jaguaré, principalmente na produção do café conilon. A área ocupada por lavouras de café em todo o município chega a 24 mil hectares. A pimenta do reino, a fruticultura e a silvicultura também são cultivados no município, mas quem reina nas terras jaguarense é o café.

A cidade que sempre está no topo da produção de café, hoje, está em situação de emergência por causa da seca que castiga a maioria dos municípios do estado, principalmente da região norte. O secretário de meio ambiente de Jaguaré, que também responde pela agricultura do município, Luciano Laquini, prevê uma perda de aproximadamente 70% na produção de café e pimenta do reino por causa da falta d’água.

Luciano Laquini, Secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Jaguaré

Luciano Laquini, Secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Jaguaré

“Nós estamos com um déficit hídrico preocupante desde 2015. Por esse motivo foi decretado situação de emergência no ano passado e se for necessário vamos ampliar esse decreto para continuar com os trabalhos de assistência aos produtores”, disse o secretário.

Cerca de 70 barragens para armazenamento de água nas propriedades rurais de Jaguaré foram construídas pela prefeitura, através do programa “Barragem Legal”.

Além da falta d’água um outro fator preocupa os produtores de pimenta do reino em Jaguaré. As altas temperaturas registradas nos últimos meses, fazem com que os grãos não se desenvolvam e a produção fica comprometida.

Planos para os próximos anos:

Luciano Laquini disse que uma das ações previstas para reduzir os impactos da estiagem no município é o incentivo ao reflorestamento nas propriedades rurais do município. Para isso, o município está elaborando um projeto de lei, que deve ser encaminhado para a câmara de vereadores nas próximas semanas.

“O projeto prevê a construção de um viveiro municipal para o cultivo de mudas de plantas nativas, que ajuda na preservação de nascentes e recuperação do solo. Nós vamos fazer um acordo com os produtores rurais: vamos promover a construção de barragens em suas propriedades e eles vão reflorestar essas áreas”, esclarece.

Além da construção de barragens e recuperação da cobertura florestal, a prefeitura de Jaguaré pretende promover ações de educação ambiental nas escolas do município e oferecer capacitação aos produtores rurais sobre como irrigar de forma correta.

“O momento é difícil, mas assim como nós já passamos por outras crises, como a financeira, quero dizer aos agricultores de Jaguaré que a crise hídrica também vai passar”, enfatizou Luciano.

Redação Campo Vivo

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