FRUTICULTURA – Uso de fertilizantes – Entrevista com César Vilela, da Ajinomoto Fertilizantes

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César Vilela

César Vilela

Em entrevista ao Programa Campo Vivo, da Rádio Globo Linhares, na sequência da série sobre Fruticultura, o gerente de agronegócios da Ajinomoto do Brasil, César Vilela, falou sobre o uso de fertilizantes nos plantios das frutas.

Explicando como os fertilizantes contribuem na produção, o uso de aminoácidos e os trabalhos que a Ajinomoto Fertilizantes faz no segmento, ele falou principalmente das culturas da banana e do mamão, muito presentes especialmente na Região Norte do Espírito Santo. Confira a entrevista completa abaixo:


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Gerente de planejamento e desenvolvimento agrícola na Leão Alimentos e Bebidas, Maurício Ferraz

Com o início do processamento de sucos prontos para beber, em 2002, pela Sucos Mais (hoje Coca Cola), e, em 2007, com o processamento de fruta para a produção de polpa, pela Trop Frutas do Brasil S/A, empresas hoje do grupo Leão Alimentos e Bebidas S/A, ambas localizadas no Norte do Estado, no município de Linhares, a fruticultura teve grande incentivo para ampliação da área plantada, aumento de produtividade e qualidade de frutos, podendo-se destacar a cultura da manga.

De acordo com o gerente de planejamento e desenvolvimento agrícola na Leão Alimentos e Bebidas, Maurício Ferraz, no Espírito Santo, a manga mais comercializada é a Ubá. E o polo da manga no Estado abrange hoje 17 municípios, que neste ano prometem entregar uma safra bem maior do que a do ano passado.  A expectativa de produção da manga Ubá para essa próxima safra, que começa no final de outubro e vai até janeiro de 2017, é de uma entrega de volume 50% maior do que no ano passado.  Como alguns produtores trabalham consorciados com outras culturas, como café ou agropecuária, a venda da safra da manga vem em boa hora.

Outra fruta muito aproveitada pela indústria de frutas é a goiaba. Nos últimos anos, a Trop Frutas tem firmado contrato de parcerias com produtores especialmente de goiaba. “É um contrato que dá muita segurança ao fornecedor, que além de garantir o preço ao agricultor, também dá assistência técnica e visitas periódicas aos agricultores. Nessas visitas, conseguimos ver como o produtor trata a goiaba e como faz a irrigação, para analisarmos como podemos ajudar com tecnologia e informações: quanto de água precisa colocar, em que época do dia precisa colocar, qual a melhor forma. Isso é de extrema relevância, já que não há fruta sem água. Estudamos tudo isso para que ele possa pensar a longo prazo, plantando hoje para colher daqui a 3 anos. É uma parceria de “ganha-ganha”, onde o produtor consegue se auto-sustentar”, destaca Ferraz.

Outra novidade da empresa é que estão sendo reavaliados os contratos ligados aos produtores do maracujá. “Nos últimos três anos houve um declínio da produção, causado principalmente pela dificuldade na irrigação. Com a perspectiva das chuvas aumentarem, os produtores devem ficar mais motivados e a nossa ideia é voltar para esses produtores. Prefiro que o maracujá esteja no Espírito Santo do que ter que buscar de outras regiões, por conta de toda a logística, transporte e imprevistos. Só existe vantagem em trabalhar com produtores capixabas”, adiantou o gerente agrícola da Leão.

E para 2017, a expectativa da Leão Alimentos e Bebidas é trazer o processamento de abacaxi para o Estado. “Ainda estão sendo feitos estudos sobre essa possibilidade e análises de como seria essa produção e como poderiam ajudar o produtor na hora da compra das frutas. O abacaxi é uma fruta diferente. Geralmente, o produtor planta para poder colocar na mesa do consumidor. Porém, alguns frutos ficam perdidos por conta meramente da estética, como por exemplo, uma coroa torta, e precisa ser descartados. Nossa idéia é aproveitar esses frutos que não tem características visuais boas para a mesa para fazer o processamento da polpa, balanceando assim o lucro para o produtor”, finalizou Maurício.

Em entrevista ao Programa Campo Vivo da Rádio Globo Linhares, Maurício Ferraz falou mais sobre os trabalhos da Leão e a relação da fruticultura com a indústria, oportunidades e vantagens para o produtor. Confira abaixo:

Redação Campo Vivo


exportacoes-de-mamaoO Espírito Santo que ocupa o posto de maior exportador de mamão do Brasil. Só em 2014 foram vendidos para fora do país US$ 20,1 milhões, com um volume de 12,9 mil toneladas, o que corresponde a 42,6% da exportação brasileira. São produzidas cerca de 400 mil toneladas anuais, se concentrando mais na região Norte, onde as condições do solo e do clima são mais favoráveis. O mamão está entre as sete primeiras frutas da pauta de exportação do Brasil. De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Estado possui uma área plantada de aproximadamente 7.000 hectares e uma produtividade em torno de 50 t/ha ano, acima da média nacional.

Segundo Rodrigo Martins, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), entidade que representa os exportadores da fruta no Brasil e tem sede em Linhares,  o Estado é líder em tecnologia de cultivo, produção e processamento da fruta, além de ter clima, solo favorável e estar localizado próximo aos maiores centros consumidores da fruta no Brasil. “No momento, entre os principais desafios para o setor, destaca-se uma pesquisa bem aplicada para o melhoramento genético do mamão Havaí. Estamos há anos buscando uma variedade mais produtiva, com maior longevidade e maior resistência a vírus”, comenta.

O presidente da entidade destaca o empenho da Brapex nos avanços do desenvolvimento do Selo Brapex, com o objetivo de valorizar ainda mais a fruta cultivada dentro dos padrões de Boas Práticas Agrícolas, com preservação do meio ambiente e valorização do homem do campo e seus colaboradores, baseando-se na cartilha desenvolvida pelos técnicos credenciados da Brapex. “O objetivo final é ter uma fruta diferenciada e que seja reconhecida pelo consumidor final”, ressalta Martins.

Outro avanço que, segundo Rodrigo, está em andamento é a abertura de novos mercados. “Além de já exportar a fruta para diversos países da Europa, EUA, Canadá, Oriente Médio e Emirados Árabes, temos agora em trânsito o pedido de inspeção e credenciamento para exportação do nosso Papaya para o mercado Japonês e África do Sul”, destaca o o presidente da associação. Para isso, a Brapex, junto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está trabalhando em conjunto para conseguir a liberação fitossanitária e comercial e então começar a embarcar o mamão Papaya para estes novos destinos.

Confira entrevista do presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya, Rodrigo Martins, no Programa Campo Vivo da Rádio Globo Linhares, falando mais sobre a cultura do mamão:

Redação Campo Vivo


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A fruticultura no Espírito Santo tem se destacado nos últimos anos. O crescimento do setor deve-se às novas tecnologias utilizadas para o desenvolvimento da atividade e também pela diversidade de sabores que o Estado produz. O clima e o solo predominante fazem com que cada região se destaque pela sua cultura na hora de produzir. Na região norte, o cultivo de frutas destaca-se pelo mamão, coco, maracujá, cacau e goiaba.

O projeto “Fruticultura: renda no campo e saúde na mesa” vai abordar as oportunidades e desafios do setor no ES.

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