ESPECIAL – Da roça direto para a venda

0

Com os dias cada vez mais quentes, não há quem resista em se refrescar bebendo uma água geladinha. Melhor ainda se essa água for doce, rica em vitaminas e minerais que ajudam o corpo a funcionar com mais eficiência e ainda ser fundamental para evitar a desidratação. Essa bebida tão consumida em todo o mundo é a água de coco. Por ser um produto presente em países tropicais e ainda ser fácil de ser encontrado em qualquer local, como bares, praias, quiosques, restaurantes, entre outros, o coco é um fruto bastante bebido, especialmente em estações mais quentes, como o verão.

Foi pensando no crescimento deste mercado que os irmãos e sócios Maike e Diego Macena, do município de Linhares, resolveram investir nessa cultura. Hoje eles são proprietários da Água de Coco 4 Estações e vendem o coco verde in natura para as Ceasas do Rio de Janeiro, Vitória e São Paulo. “Nossa produção começou com uma média de 80 mil frutos por mês. Hoje vendemos até 250 mil frutos/mês”, diz Maike. A área de produção deles é de 60 hectares, localizada na região do distrito de Rio Quartel, em Linhares. Novos plantios ainda estão em fase não produtiva e em breve aumentarão o lucro da empresa. E os irmãos comemoram o sucesso nas vendas. “A venda do coco in natura para nós já está sendo muito boa e ainda há a expectativa de melhoras já que o consumo de coco sofre aumento de 5% em média a cada ano”, enfatiza Maike.

Os irmãos Macena apostam na nova marca lançada e o destino direto para consumidor

Os irmãos Macena apostam na nova marca lançada e o destino direto para consumidor

Para aumentar e melhorar ainda mais o lucro com o negócio, em breve os sócios inauguram uma fábrica de envase da água, que já está pronta, só aguardando algumas licenças para abrir de vez as portas. “Enxergamos esse mercado como algo que aumente o valor agregado do nosso produto e diminua a perda dos frutos na lavoura, pois sem o envase alguns frutos não atingem o tamanho “ideal” para o mercado e caso não sejam aproveitadas de outra maneira, podem perder a qualidade e nos dar prejuízos”, destaca Diego.

E foi com essa intenção de diminuir a perda de frutos e agregar valor ao produto atingindo ainda um público maior, que os irmãos decidiram trabalhar também com o envase da água. “Trabalhando com o produto envasado pretendemos chegar ao nosso consumidor final com a melhor qualidade possível, com uma água gelada e ainda sendo possível chegar a vários estabelecimentos”, afirma Diego.

“Trabalhar com o envase significa aproveitar 100% do fruto” - Ademar Barros

“Trabalhar com o envase significa aproveitar 100% do fruto” – Ademar Barros

Já na Fazenda Fortaleza, localizada na região de Bebedouro, o produtor Ademar de Barros juntamente com sua sócia Camila Marchesi de Barros, também cuida dos detalhes da venda e comercialização da água de coco. Ele que já trabalha com o envasamento desde 2012 observa excelentes vantagens no negócio, tanto para o consumidor como para o produtor. Todos os dias saem da propriedade dele em torno de duas mil garrafinhas prontas para serem consumidas.

Assim como os jovens irmãos, um dos problemas que o produtor Ademar encontra no cultivo dessa cultura é nos períodos de seca, onde a fruta não se desenvolve da maneira necessária para a venda direta para o mercado. Com o envasamento da água, esse problema é amenizado, pois geralmente os frutos que não chegam no ponto de colheita são aproveitados no armazenamento. “Trabalhar com o envase significa aproveitar 100% do fruto, já que não é necessário descartar os cocos pequenos que muitas vezes não atendem as exigências do mercado quando se trata da venda direta do fruto. Outro benefício maior ainda é para o consumidor, que vai receber um produto fresco, natural, sem nenhum aditivo e ainda vai ter aquela praticidade de poder consumir a água do coco onde estiver”, ressaltou Ademar.

O agricultor, que já trabalhava com a venda direta do fruto do coco para o consumidor, percebeu que, com o investimento na fábrica de envase, o aumento na procura do produto foi bastante satisfatória. Antes ele vendia de 10 a 15 mil cocos verdes por mês. Hoje, vende, em média, 40 mil frutos no mesmo período, fornecendo tanto para o município de Linhares como também para outros vizinhos, como Serra e Vitória. “No geral, todo tipo de venda que realizamos está atendendo as nossas expectativas. Começamos com o negócio apenas como uma cultura alternativa, fazendo diversos plantios em uma mesma área e vimos que o coco verde é um fruto que produz o ano todo, trazendo assim uma motivação maior para o produtor”, acrescenta Ademar.

Matéria publicada na Revista Campo Vivo – Edição 29 – Março/Abril/Maio 2015

Redação Campo Vivo

Compartilhar:

Deixar um Comentário